segunda-feira, 30 de março de 2009


Estudantes do Estado de São Paulo terão até abril para apresentarem suas propostas para atender às demandas de moda – ainda não exploradas – das pessoas com deficiência. Até o dia 06 de abril, a Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência receberá inscrições para o Concurso Moda Inclusiva. O concurso tem o objetivo de promover a discussão no meio sobre a necessidade de se pensar e fazer moda que respeite a diversidade e ainda demonstrar a viabilidade desse representativo segmento dessa indústria.


O Concurso
As inscrições para o concurso Moda Inclusiva poderão ser feitas até 06 de abril de 2009, por meio do acesso ao site da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência (http://www.pessoacomdeficiencia.sp.gov.br/ ). Podem participar estudantes de moda e estilismo de universidades de todo o Estado. Para concorrer, os participantes deverão enviar um “look” (croqui e ficha técnica) para o endereço da Secretaria (av. Auro Soares de Moura Andrade, 564, portão 10, Barra Funda).
Os 20 participantes pré-selecionados – apoiados com tecido e materiais para a confecção da roupa – participarão de um desfile em junho. Uma banca julgadora composta por nove profissionais premiará as três melhores apresentações em um desfile no auditório da Secretaria.
Muito mais do que incentivar a criatividade dos alunos, o concurso insere-se no contexto da Responsabilidade Social, chamando a atenção para o tema, ajudando na promoção de uma sociedade mais inclusiva, bem como colaborando para o aumento da auto-estima entre as pessoas com deficiência. Inscrições: http://www.pessoacomdeficiencia.sp.gov.br/

CONCURSO DE MODA INCLUSIVA

Estilista Brasileira é finalista em Concurso Britânico

Gabriela Mazepa, jovem estilista de Curitiba, foi a vencedora da etapa brasileira do Young Fashion Entrepreneurs Award, prêmio organizado pelo British Council.
A Gabriela está a frente da By Mutation, marca que funciona como um laboratório de idéias contra o acúmulo da superprodução da indústria da moda.

A By Mutation recupera “fins de série de outras marcas ou peças em excesso do guarda roupa de amigos, de amigos dos amigos, do mercado das pulgas, de brechós daqui e dali”. Gabriela cria a partir do que já existe e o consumidor fica sabendo da história da peça que comprou através das etiquetas, que trazem uma foto da peça antes da “mutação”. ”As etiquetas explicitam essa nova vontade de devolver para o mundo da moda um produto que veio dele, agora com uma nova mensagem, uma nova proposta e um toque de arte a mais.”
www.bymutation.com
Fonte: Pense Moda

terça-feira, 24 de março de 2009

PESQUISA, CRIAÇÃO E ESTILO: ENSAIO SOBRE A CEGUEIRA

Ensaio sobre a cegueira de José Saramago O livro relata a dificuldade de um homem que de repente se encontra sego em meio ao transito caótico de uma grande cidade, e que a partir da li começaria um grande caos, uma espécie de epidemia uma cegueira que se transmitia de pessoa pra pessoa talvez só de olhar, só com o vento ou quem sabe por ter tido contato com algo que um cego tenha tocado enfim não se sabia ao certo.
Era uma cegueira branca a contagiada não viam a escuridão o breu da cegueira tão temida ou conhecida por quem é cego. Ao certo não se sabe por que dessa cegueira que te tão branca que ofuscavam as outras cores se tornando em branco de brancura leitosa. O governo tomou suas meditas em saber que deveria controlar essa epidemia e já se conhecida de cegueira branca, os que tinham se contagiado era de imediatos recolhidos pra um local escolhido pelo governo e pelo ministério da saúde local esse era um manicômio ainda inutilizado lá os contagiado ficariam de quarentena e se chagavam ao muitos o local tinhas alas onde eles se dividiram aleatoriamente.

No local onde deveria passar a quarentena era protegido pelo exercito, que por sua vez dava as instruções que deveria ser tomadas pelos cegos tipo; como se e quantas refeições seriam, onde deveria recolher-las, a limpeza do local e uma bem importante qualquer tentativa de fuga ou de aproximação dos portões seria recebidos a tiros e mortos, por ai foram vivendo lá dentro de forma desumana.
Já se conhecia bem a ala onde estavam mais o problema aumentou por que dezenas de pessoas ou seja mais cegos chegaram para lá passar a quarentena tinha também uma área destina para as pessoas que não estavam cegas mais que tiveram contados com os cegos. Com a multidão veio a bagunça a desordem e com a comida cada vez mais racionada a luta pela sobrevivência era diária e constante os cegos disputavam entre si onde se formavam grupos inimigos.
Lá no manicômio os cegos sofriam ate mais da forma desumana que estavam sendo tratados do que mesmo da cegueira que os tinham.
Depois de vários dias de sofrimento em meio a um grande incidiu que eles mesmo tinham provocados, pedirão ajuda aos soldados que os vigiavam mais perceberam que não tinha mais ninguém lá fora, então todos saíram do local em chamas e pensavam em ir para suas casas. Em meio ao cegos tinha um mulher que não estava cega essa sérvio de guia para os que com ela conviveu tanto na quarentena como agora nas ruas da cidades agora tão vazia e silenciosa.
A vontade se sair do manicômio que eles mal sabiam que lá fora os problemas não seriam tão diferentes mais pra a sorte daquele grupo que foram os primeiros a serem contagiados e os primeiro a irem pra quarentena é que a uma mulher não tinha cegado e era ela quem servia de guias a eles e foi ela que os levou a abrigos, quem os trousse comida e quem os levou ate suas casas mesmo que eles todos tenham ficados ficado em sua casa onde se organizaram, se cuidaram e onde também se curaram da cegueira da mesma forma que cegaram, assim de repente.

Não posso deixar de postar...Saudade Da Bahia

O que é que o baiano tem?
Por Jô Souza

O sertão vai virar mar... e o mar vai virar sertão!
Em termos literais, esta profecia glauberiana de “Deus e o Diabo na Terra do Sol”indica uma transmutação geológica. Improvável em termos absolutos, ainda que tornada agora um pouco mais plausível pelo aquecimento global. Na verdade, a frase exprime mundos em movimento, num processo de mútuo de intercâmbio: o interior se dirige para o litoral e vice-versa. Feira de Santana se encontra com Salvador e Porto Seguro. Nosso projeto navega nessas ondas que carregam as águas de Oxum e Iemanjá para fertilizar a catinga.

O baiano do litoral tem um espírito dionisíaco, adora festejar, dançar e se esparramar pela areia, como a espuma da praia. Mas também, quando menos se espera, manda o pé na cara de um safado. Quando não ginga de lado e saca a peixeira que, segundo Adoniran Barbosa, mata tanto quanto o olhar da namorada, ou uma espada de Iansã.

Esse arquétipo feminino do baiano atlântico está formatado nas obras de Jorge Amado e nas canções de Dorival Caymmi. Nos versos do navio negreiro, na antropologia de Antonio Risério, na poesia de Wally Salomão e Gregório de Matos. Nas imagens iconoclastas do cinema novo de Glauber Rocha. Nas mulheres guerreiras como Catarina Paraguaçu, Joana Angélica, Ana Neri, Menininha do Gantois e irmã Dulce.

A própria identificação cultural desse povo se faz de modo visual e instantâneo, por meio do vestuário − o baiano é o único tipo de brasileiro que veste branco maciçamente em dia de sexta-feira. Mesmo sem contas de Oxalá no pescoço, a cada semana, todo cidadão de Salvador sublinha ritualmente a presença dos orixás africanos. Esses trouxeram proteção, gênio e prosperidade para músicos, dançarinos, atores, fotógrafos e artistas plásticos. No entanto, acaba de chegar a hora da moda baiana também entrar na roda para sambar.

Neste momento, a criação brota no recôncavo e na catinga, locais riquíssimos em estilemas de outras naturezas. O sertanejo simboliza um universo à cavalo, apolíneo e masculino, dominado por vaqueiros, jagunços, agricultores e cangaceiros. Substituindo os pretos velhos, a sabedoria popular vem dos caboclos, suas ervas e ladainhas. Em lugar dos atabaques e berimbáus , escuta-se a viola de cocho e a sanfona. As mulheres se ocultam sob o negro dos véus que restaram do oriente medieval, enquanto os machos envergam armaduras de couro curtido e decorado com motivos barrocos. O samba emudece para se ouvir o chachado, o maracatu e o forró − palavra que exprime uma atávica globalização nordestina que orienta o nosso projeto em seu multiculturalismo explícito: trata-se da grafia local para a expressão inglesa for all, ou seja, “para todos”.

MOSAICO CHAMADO MODA BAHIA
Quando se fala no negro na Bahia é preciso lembrar de Rui Barbosa, Edison Carneiro e Roger Bastide. É preciso recorrer ao geógrafo Milton Santos, ao ator Antônio Pitanga. Nunca ao que produtos equivocados de diluição e engodo cultural transmitem. Esse é o caso de filmes como Opaíó, em que temos uma Bahia filtrada pelos figurinistas da Globo, caricatural e plastificada: uma hipérbole circense da vida real.equivalente ao que se faz em produtos como Casseta e Planeta e Zorra Total.

A visão do baiano na TV é puro clichê: abusa de estereótipos, do linguajar decalcado numa ampliação de exageros. Quando o povo baiano aparece nas mídias televisivas, é sempre apresentado como um habitante de periferia, marginalizado, “carnavalizado”. A grande mídia trabalha com a tipificação e, assim, cai numa visão reducionista. Pois a Bahia é, na verdade, várias “Bahias” -- do litoral, à Chapada, do recôncavo, ao sertão. Ao mesmo tempo em que este povo se apresenta aberto e expansivo ele é retraído. Talvez por causa do isolamento imposto por cem anos do restante do País, desde quando a capital do Brasil foi transferida para o Rio de Janeiro no século XVIII.

Mas, onde se encontra a identidade da moda baiana? Será que ela existe no mundo real? Como será resistir a uma homogeneização provocada pelo mercado e pela mídia? O clima quente, a beira do mar e a presença africana levam a mulher a exibir seu corpo ou parte dele. Uma mistura de gabrielas com yemanjás, ou uma baiana brejeira do sertão, que abusa das cores e das formas justas modeladas no corpo.

Vestidos curtos, sapatos altos e sempre um baton na bolsa. A roupa é casual, com cara de praia e tecidos fluidos, leves, de alça, para arrastar sandália. Já o homem baiano, apesar de ter incorporado a elegância de Vadinho do Jorge Amado, mostra pouca ousadia no vestir. O baiano acompanha a moda da TV e as jogadas de marketing dos cantores do axé. Recorrendo a uma assessoria de visual, a cantora Ivete Sangalo é modelo para uma legião de fãs que imitam desde seu corte de cabelo até sua maneira de vestir.

Mas, afinal o que é moda baiana? Tem a ver com um jeito de fazer moulage no corpo (lenços na cabeça, na cintura). As armações oriundas de outras terras, na Bahia ganham um jeito próprio e peculiar de aliar ancestralidade e com a contemporaneidade. Apesar de seu baixo poder aquisitivo, o baiano gosta de comprar e acompanhar as tendências da moda.
Não tem vergonha de ser brejeiro, exagerado nos penduricalhos, figas, patuás, além das imagens de santo. Barroco no seu estilo, ele mescla no seu look peças de artesanato (renda, bordado, crochê, ponto de cruz) com fios sintéticos.
"Ah! Mas que saudade eu tenho da Bahia Ah! Se eu escutasse o que mamãe dizia Bem, não vá deixar a sua mãe aflita A gente faz o que o coração dita Mas esse mundo é feito de maldade, ilusão
Ah! Se eu escutasse eu hoje não sofria Ah! Essa saudade dentro do meu peito Ah! Se ter saudade é ter algum defeito Eu pelo menos mereço o direito De ter alguém com quem eu possa me confessar
Ponha-se no meu lugar E veja como sofre um homem infeliz E teve que desabafar

Dizendo a todo mundo o que ninguém diz Veja que situação E veja como sofre um pobre coração Pobre de quem acredita Na glória e no dinheiro para ser feliz Ô, Bahia Bahia cidade de São Salvador " Dorival Caymme
DESCEU A BAIANA • O estilista Junya Watanabe criou Carmens Mirandas fashion para seu verão 2009 na Semana de Moda de Paris. Além dele, Rei Kawakubo, da Comme dês Garçons, fez referências ao Brasil na passarela, colocando música de terreiro, samba e construindo seus looks em cima de um dos nossos símbolos, a bola de futebol.

segunda-feira, 23 de março de 2009

PESQUISA, CRIAÇÃO E ESTILO: INSPIRAÇÃO



As obras de Anita Malfatti inspiraram Carlos Alberto Sobral a criar a bolsa Malfatti. O design moderno e ao mesmo tempo futurista é perfeito!Sobral: Fórum de Ipanema - Rua Visconde
de Pirajá, 351 lj.105 Tel: (21) 2267-0009 http://www.rsobral.com.br/

domingo, 22 de março de 2009

CONCURSO INTERNACIONAL DE MODA

ARTS OF FASHION COMPETITION 2009 - THEME & REQUIREMENTS
THEME 2009 ILLUSION – MENSWEAR / WOMENSWEAR OR MIXED COLLECTION


Students will have the opportunity to submit an application showing their creative and innovative design potentials in the following two categories:• ACCESSORIES: a mini collection of three accessories, including luggage, bags, belts, hats, shoes, etc… Sorry no jewelry will be accepted. Applicants can submit a collection in any combination, such as three different belts or one belt, one bag, and one pair of shoes.• FASHION: a mini collection of three outfits in menswear, women wear, or a mixed collection of both men’s and women’s wear.Online registration opens and limited to 500 applicants.• First Round / to design a capstone collection of 3 outfits:- 1 page for the 3 illustrations or plan of collection- 1 page for each illustration- 1 page for each flats/technical designs- 1 page for the fabric and material swatches- 1 page for the developed concept or atmosphere or mood board- 1 page for the written concept (maximum 100 words)- 1 resume / CV of the applicant- 1 student ID (photocopy) 2009 of the applicantMail design proposal and sketches in a sturdy cardboard envelope or box to avoid any damage to:Arts of Fashion Foundation, 635 Tennessee Street, Suite # 402, San Francisco, CA 94107 Tel 415 252 0734Format of each page: 8.5" x 11" or A4 / Letter – and on separate page (do not try to bind it or else) – name and school and email address and cell phone number should be written on the back of each page with a pencil.Deadline to receive the project: April 24, 2009Jury session meeting: Mid May, 2009 Results posted on the AF website: End of May, 2009• Second Round / construction of 2 outfits or 2 accessories from the capstone collection selected project:Deadline to receive the outfits/accessories: Oct. 9, 2009The Arts of Fashion Symposium (MasterClass-series, Debut-series, Conferences, Jury session, Movies and Fashion Shows): Oct. 24 - Oct. 28, 2009 hosted by Drexel University's Antoinette Westphal College of Media Arts & Design in Philadelphia PA.

UNIVERSITIES & SCHOOLS REPRESENTED FROM ALREADY REGISTERED STUDENTS -
March. 20 2009 Australia - Melbourne School of FashionAustralia- Royal Institute of Technology of Melbourne Australia - Sidney / Raffles College of Design & Commerce Australia - University of Technology of Sidney Brazil - Sao Paulo / Faculdade Ensino Superior do Interior Paulista - FAIP Brazil - Sao Paulo / Universidade Anhembi MorumbiCanada - Universite du Quebec a Montreal Canada - Toronto / George Brown College Canada - Vancouver Community College China - Sichuan Normal University Fashion InstituteCzech Republic - Pilsen / University of West BohemiaGermany - Berlin / Fachhochschule fur Technik und Wirschaft - FHTWGreece - Technological Educational Institute of AthensGreece - Athens / Veloudaki Fashion School India - Chennai / National Institute Fashion Technology - NIFT India - New Delhi / National Institute Fashion Technology - NIFT Israel - Jerusalem / Bezalel Academy of Art and Design Japan - Tokyo / Sugino Fashion College Mexico - Centro de Estudios Superiores de Diseno de Monterrey - CEDIM Portugal - Castelo Branco / Escola Superior de Artes Aplicadas - ESAA Portugal - Covilha / Universidade da Beira Interior Poland - Academy of Fine Arts of Lodz Poland - International School of Costume and fashion Design in Warszawa Qatar - Doha / Virginia Commonwealth University in Qatar Romania - Cluj University of Art & Design Saudi Arabia - Riyadh / Art Skills Institute Box Hill - ASI South Korea - Seoul / Hanyang University South Korea - Seoul / Kookmin University Spain - Barcelona / Escola Llotja Spain - Barcelona / Felicidad Duce United Kingdom - London / Central Saint Martins United Kingdom - London College of Fashion United Kingdom - University of Northampton USA/CA - San Francisco / Academy of Art University USA/CA - College of Alameda USA/CA - Los Angeles / Fashion Institute of Design and Merchandising - FIDM USA/DE - Newark / University of Delaware USA/FL - Miami International School of Art & Design USA/IA - Ames / Iowa State University USA/IL - School of the Art Institute of Chicago USA/LA - Lafayette / University of Louisiana USA/MA - Newton / Lasell College USA/MO - Saint Charles / Lindenwood University USA/NC - Raleigh / North Carolina State University USA/NY - New York / Fashion Institute of Technology - FIT USA/NY - New York / Parsons The New School for Design USA/NY - Poughkeepsie / Marist College USA/PA - Philadelphia / Drexel University USA/PA - Philadelphia / Moore College of Art & Design USA/RI - Providence / Rhode Island School of Design - RISD USA/TX - Austin / University of Texas USA/TX - Houston Community College USA/VA - Arlington / Marymount University USA/VA - Richmond / Virginia Commonwealth University USA/WA - Seattle / University of WashingtonUSA/WA - Pullman / Washington State University

The Arts of Fashion Foundation is a nonprofit organization, dedicated to international cultural exchanges through a variety of events meant to facilitate critical thinking among artists, designers, scholars and students.Arts of Fashion Foundation 635 Tennessee Street Suite # 402 San Francisco CA 94107 (415) 252 0734

-- http://www.arts-of-fashion.org/AoFCompetition/2009/pages/AoFCompetition09.html

sexta-feira, 20 de março de 2009

Concurso de Moda Inclusiva

Concurso de Moda Inclusiva prorroga inscrições até 06 de Abril

Acadêmicos têm até 06 de Abril para apresentarem trabalhos criativos de roupas adequadas para pessoas com deficiência.
Patrocinado pela Universidade Anhembi Morumbi, em parceria com Pense Moda, Vicunha, Revista Manequim e as principais faculdades de moda de SP, o concurso Moda Inclusiva convida os estudantes da área a apresentarem propostas de vestuário adaptado que atendam às necessidades e demandas das pessoas com deficiência. As premiações incluem estágio remunerado na empresa Vicunha, publicação do croqui finalista na revista de moda Manequim, da Editora Abril, livre acesso no evento Pense Moda e credenciais da SPFW.
O vestuário para pessoas com deficiência tem potencial para se tornar um novo e expressivo segmento no mercado de moda. O Brasil tem hoje 24,6 milhões de pessoas com deficiência. Somente no Estado de São Paulo, cerca de 4,2 milhões de pessoas têm algum tipo de deficiência. “Trata-se de um mercado consumidor bastante representativo, que qualquer segmento gostaria de ter”, ressaltou a secretária dos Direitos das Pessoas com Deficiência, Linamara Battistella, durante o lançamento do concurso. Para ela, a arte e a Cultura devem ser entendidas como as manifestações mais inclusivas e democráticas da humanidade. Assim, a moda, como uma expressão da Arte, também não pode fugir a essa natureza e a esse objetivo.
A moda para pessoas com deficiência é um segmento explorado com sucesso na Europa há anos. “Devemos trazer para cá esse exemplo de se tratar a todos, independentemente das diferenças, de maneira igualitária”, recomendou. Esse nicho ganha ainda maior relevância no Brasil a partir da entrada em vigor da Lei de Cotas, que estabelece reserva de percentual de vagas a trabalhadores com deficiência. O ingresso de volume de pessoas com deficiência no mercado de trabalho gera conseqüente aumento de seu poder aquisitivo e também de sua demanda por peças de vestuário. “Todos, inclusive as pessoas com deficiência, têm direito e desejo de se reunir- e uma moda adequada para todos e para todas as ocasiões é fundamental para isso”, afirmou a secretaria Linamara.
As inscrições para o concurso Moda Inclusivas poderão ser feitas até 05 de abril de 2009, por meio do acesso ao site da Secretaria de Estado dos direitos da Pessoa com Deficiência. Pode participar estudantes de moda e estilismo de universidade de todo o Estado. Para concorrer, os participantes deverão enviar um “look” (croqui e ficha técnica).
O ConcursoAs inscrições para o concurso Moda Inclusiva podem ser feitas até 6 de abril de 2009, por meio do acesso ao site da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência (www.pessoacomdeficiencia.sp.gov.br). Podem participar estudantes de moda e estilismo de universidades de todo o Estado. Para concorrer, os participantes deverão enviar um "look" (croqui e ficha técnica) para o endereço da Secretaria (Av. Auro Soares de Moura Andrade, 564, portão 10, Barra Funda, CEP: 01156-001, São Paulo, SP).
Os 20 participantes pré-selecionados - apoiados com tecido para a confecção da roupa - participarão de um desfile em junho. Uma banca julgadora composta por profissionais premiará as três melhores apresentações em um desfile no auditório da Secretaria.
Muito mais do que incentivar a criatividade dos alunos, o concurso insere-se no contexto da Responsabilidade Social, chamando a atenção para o tema, ajudando na promoção de uma sociedade mais inclusiva, bem como colaborando para o aumento da auto-estima entre as pessoas com deficiência.

AGENDA
Concurso Moda InclusivaInscrições para o concurso: até 06/04/2009Entrega dos trabalhos: até 16/04/2009Divulgação dos 20 selecionados: 06/05/2009Realização do desfile: 09/06/2009Mais informações à imprensa:Núcleo de Comunicação da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência (11) 3663.3566 r.201 e 202http://www.pessoacomdeficiencia.sp.gov.br/
Concurso Moda inclusiva
http://www.pessoacomdeficiencia.sp.gov.br/
Fonte: CDN

PESQUISA, CRIAÇÃO E ESTILO: LIVRO O LEITOR

Michael ,um típico adolescente de quinze anos,pega hepatite.Os primeiros sintomas aparecem em um dia que voltava do colégio.Uma mulher o ajuda, Hanna , de trinta e cinco anos com a qual ele passa , depois de curado, a manter um relacionamento. Durante todo o verão eles se encontravam todos os dias na casa dela. Ela,uma mulher misteriosa e cheia de segredos, ele um garoto tímido adolescente que com ela conhece os prazeres do sexo, e como satisfazer uma mulher, começa então a se sentir diferente dos outros garotos da sua turma de escola, já era um homem.
Ela fazia Michael ler em voz alta livros da literatura clássica alemã, tudo que ele estava estudando na escola. Se entretinha com suas leituras, e criou até um ritual, primeiro ele lia pra ela, segundo tomavam banho juntos e terceiro transavam. Michael começa a se interessar por outra menina na escola, começa a sair com os amigos na piscina pública, e começa a se questionar quanto ao que sente por Hanna. O relacionamento deles não é assumido nem para os pais deles, nem amigos. Num certo dia Hanna vai embora, sem avisá-lo. Ele tenta saber para onde ela foi ,mas não acha.
Sete anos depois Michael , um estudante de direito, reencontra Hanna em um julgamento. Acusada de ter participado de homicídios durante a 2ª Guerra Mundial, e mais outras 5 mulheres que eram guardas da SS, o foco no julgamento era saber por quê as mulheres não abriram a porta de uma igreja num incêndio que matou milhares de judias que estavam sobe responsabilidade delas. No julgamento Hanna é desmarcarada, Michael começa a descobrir seu passado. Quando era guarda, Hanna e as outras tinham que escolher quem iam mandar de volta para um outro campo de concentração, essas escolhidas eram mortas, por não estarem fortes o suficiente para trabalharem. Antes de mandá-las Hanna escolhia uma, que ficava sobe sua proteção, que dormiria em seu quarto e comeria o que quisesse antes de ser mandada à morte. No julgamento revelam que as meninas escolhidas apenas liam em voz alta para Hanna. Ela é condenada sem nem se quer tentar se defender, o que deixa Michael muito intrigado por saber que ela não foi a unica culpada. Enquanto as outras ex-guardas cumpririam penas mais leves , Hanna foi condenada a prisão perpétua. Ele sabia o segredo dela, e por ela não abrir mão dele, estava sendo duramente condenada.
Depois de algum tempo Michael se casa, e tem uma filha. Quando a filha completou 5 anos se divorciou. Hanna não saiu da sua vida, sempre pensando nela. No meio de tudo isso, pensando sobre sua vida, ele começa a ler « Odisséia ». Decidiu gravar numa fita cassete, depois foram contos de Schnitzler e Tchekov, mas demorou para envia-los à Hanna, mesmo sabendo onde estava. Enviou as fitas sem nenhuma observação pessoal, depois de 4 anos ela o escreve um bilhete comentado que tinha gostado da última leitura, passa a escrever bilhetes, sempre com poucas linhas e observações sobre autores ou sobre o presídio. Ele nunca respondeu aos bilhetes, mas continuou a lhe enviar as fitas.
Certo dia lhe é enviada uma carta da diretora do presídio lhe dizendo que Hanna iria sair da prisão, depois de 18 anos de pena, dali a um ano e que iria precisar de alguém próximo para lhe ajudar e apoiar, e ele era o único que a escrevia, Hanna não tinha mais ninguém. Ele a arrumou um apartamento e um emprego, assim como a diretora tinha solicitado.,mas não foi visitá-la durante o período que estava sendo aguardado para a decisão de Hanna ser ou não solta. A diretora o chamou para que fosse lá, em uma semana Hanna estaria livre. Ele foi, viu Hanna, não pode associar com a Hanna que conhecerá, estava com cabelos grisalhos, cheiro diferente, sua imagem era de uma senhora. Conversaram, sobre onde Hanna ia ficar, o que ele fez durante aqueles anos, e de como se sentia admirado por Hanna ter aprendido a ler na prisão, combinaram que a pegaria na semana seguinte para levá-la ao apartamento que lhe arrumou.
No dia anterior ligou para o presídio, falou com a diretora, que disse estar nervosa pois Hanna ficara muito tempo presa, e que não iria ser fácil a adaptação. Falou com Hanna de onde queria ir no dia seguinte, lhe pediu que planejasse. No dia seguinte chegando lá foi avisado que Hanna estava morta, tinha se enforcado ao amanhecer. A diretora contou como foi a estadia de Hanna e todo o processo de alfabetização. Que as fitas tinham ajudado no processo, que Hanna aprenderá quase sozinha. E que aguardava alguma carta dele, que se comunicasse com ela, explicou que nos últimos anos tinha se excluído, tinha engordado e não tinha mais a mesma limpeza meticulosa de quando entrara na prisão. Em uma espécie de testamento pediu para Michael entregar dinheiro para uma senhora, ela e a mãe foram as únicas sobreviventes do incêndio, ele foi a Nova York, com a decisão da mulher, fez uma doação a uma instituição de alfabetização judaica.
Michael se sentiu culpado as vezes pela morte dela, ele nunca a esqueceu, nunca se livrou da histórias dos dois. Parece que parou no tempo, não viveu, sempre com Hanna em seus pensamentos.

terça-feira, 17 de março de 2009

PESQUISA, CRIAÇÃO E ESTILO - LIVRO O PRIMEIRO AMOR

O livro Primeiro Amor de Samuel Beckett é à procura de um amor que não se sabe se vem do coração ou de outra parte do corpo.
O livro começa contando sobre a morte do seu pai e os passeios que dava no cemitério. O amor que viveu, ou não viveu, não sabe muito bem. E termina contando um nascimento, o do seu filho, que também não está certo de ter acontecido. Há vários espaços que se percorrem, uma casa, um quarto, um banco de jardim, um estábulo, outra casa, outro quarto. Uma voz, sem nome, fala e consegue contar uma história, a sua. É relatado como as coisas realmente se passaram entre ele e Lulu, ou será Anne?Fica nítido que ele explora esse amor de uma maneira diferente, quando está sem Lulu se sente totalmente dependente dela e pensa nela o tempo todo, quando está ao lado dela age como se aquele amor não fosse tão grande ou que ele não fosse tão dependente daquele amor que ele sentia. Utiliza a ambigüidade de seu sentimento por ela sem ter necessariamente a intenção de estar perto.Vive de um lado pro outro procurando o que não se sabe bem o que é. Talvez um lar. A sua vida é negra, vazia, sem sentido. O amor é algo que o magoa, mas ao mesmo tempo, fascina.A história é sempre a mesma. Desde o princípio do verbo que tem sido assim. A ironia da vida. As adversidades do amor. A inadiável morte. Nunca houve outros assuntos. Nunca haverá outra história. Seja deste ou de outro homem. Os adereços mudam, mas o assunto não. Sempre.A vida. O amor. A morte. O medo. O riso. O desespero.
A perversidade. A repetição.
Mais ou menos uma história de amor. Podia ser outra, diferente, mas parecida.
"Sempre tive a sensação de que em mim havia um ser assassinado. Assassinado antes de nascer. Eu tinha de reencontrar esse ser assassinado, voltar a dar-lhe vida".
Danielle Maia Carmo
Karina Conte Resende
Laura Aparecida da Silva
Pâmela Perpetuo Parra
Silvana Santana dos Santos


segunda-feira, 16 de março de 2009

ESTUDOS DO CORPO: TAREFA AULA 8

Fazer uma construção imagética no caderno/corpo a partir das suas fotografias, recortes de revistas e texturas.

Tendo como ponto de inspiração o site abaixo ( música e imagem) e a leitura do livro :O corpo tem suas razões.

Pode usar pequenos textos de cada período de seu corpo- resgatar a memoria do corpo.


http://incubadora.fapesp.br/sites/opuscorpus/

Obs. Todas indicações dada em sala de aula: evitar imagens de baixa qualidade, usar caneta preta, deixar de lado a infantilidade. Usar a criatividade.

PESQUISA, CRIAÇÃO E ESTILO: LIVRO O PERFUME A HISTÓRIA DE UM ASSASSINO

O perfume é um livro que relata a história de um assassino incomum desde o nascimento. Jean Baptiste Grenouille, foi rejeito assim que nasceu. Tinha um dos cinco sentidos muito aflorado, o olfato, aliás, fora do normal, pois podia sentir cheiro que qualquer coisa a muitos quilômetros de distância, mas algo chamava atenção, ele próprio não tinha cheiro algum de nada e isto o fez ser rejeitado muitas vezes em sua vida. Vivendo no século XVIII, França, Grenouille cresceu conhecendo os cheiro de cada canto da cidade, numa época em que pouco se dava importância á higiene, entrando por suas narinas os cheiros mais podres que hoje em dia não se pode imaginar, de lugares e pessoas. Pág. 17 / 1º parágrafo/ linha 1: “ O idiota enxerga mais com o nariz do que com os olhos.”

A vida de Grenouille começou a mudar, a ser satisfeita, quando conseguiu um lugar como aprendiz, na perfumaria do Sr. Baldini, que já derrotado pelo concorrente, não via alternativa se não apostar num desconhecido muito estranho que se dizia bom de olfato; conhecendo os dons de Grenouille, Baldini ficou realizado, pois com esta criatura nas mãos, ao longo de 3 anos, Baldini anotou mais de 600 fragrâncias que o inodoro realizara.
Foi neste tempo que Grenouille fez sua primeira vítima, onde em um passeio, sentiu ao longe, o cheiro mais maravilhoso que já havia sentido antes. Depois de muita procura reconheceu o cheiro em uma garota de no máximo 15 anos e de tão perfeito, ele quis se apoderar, matando-a enforcada e inalando cada centímetro do seu corpo.
Baldini resolveu dar a Grenouille a liberdade e um diploma de aprendiz. Nunca havia mesmo gostado do sujeito que lhe causava arrepios.

Pág. 113 / 17º parágrafo: “... perdeu-o de vista e sentiu-se extraordinariamente aliviado.
Nunca gostara deste sujeitinho. Finalmente podia reconhecer isto.”

Ao ir embora, Grenouille tinha a intenção de ir à Grasse, conhecer novas técnicas e meios de ser o melhor perfumista do mundo mas no caminho, começou a sentir-se enojado dos seres humanos, retirando-se assim ao pico mais alto de uma montanha onde percebia não sentir nem sequer 1 átomo do odor de seres humanos, sentindo-se assim o único homem do mundo. Ali se entocou numa caverna sem o menor resquício de luz e sentida por seu extraordinário olfato que nenhum ser humano jamais tinha passado por ali, só saía para suas necessidades e a procura de comida e água; fez deste o seu lar por 7 anos que para ele eram perfeitos.


Pág. 127 / 2º parágrafo: “ Agora por um tempo, ele podia descansar em paz. Estendia-se todo, corporeamente, tanto quanto era possível, no extreito aposento de pedra .”

Certo dia Grenouille viu de novo, em seus sonhos, a menina que dispunha do melhor cheiro do mundo e assim partiu em busca de outras sensações com esta. Resolveu partir a procura do perfume perfeito.
Saindo de sua toca passou por lugares onde as pessoas se espantavam com seu visual, com cabelos e barbas até os joelhos. Com ele fizeram experiências, mudaram seu visual e através de um perfume criado por ele mesmo, as pessoas o viam como um milagre.
Resolveu partir de novo para o seu destino programado desde sete anos antes, a cidade de Grasse.
Chegando lá conseguiu emprego em uma pequena perfumaria que produzia óleos e pomadas aromáticas e foi aí que começou sua pesquisa. Foi neste lugar que descobriu como tirar cheiro de seres vivos, com técnicas com gorduras. Depois de muitos experimentos, iniciou suas psicoses.
25 perfumes de moças virgens era o que ele precisava para preparar o melhor perfume do mundo.
Com seu olfato mais que aflorado, procurava estes perfumes perfeitos e em detalhes dava seu golpe. Com uma pancada na cabeça, matava as garotas, rançava-lhes os cabelos e roupas e iniciava o processo de retirada do perfume que durava seis horas.
Causou um imenso caos e medo pela cidade, todos os pais escondiam suas filhas, todas as famílias ficaram apreensivas, em especial uma pessoa, Richis, o vice cônsul, cidadão mais rico da cidade, que morava com sua filha, Laure Richis, que para o pai era a garota mais linda da cidade, o que o intimidou, fazendo até fugir do lugar, na certeza de que para o assassino, Laure seria a próxima vítima.
Grenouille não podia perder aquele maravilhoso perfume, o último, o 25º e então seguiu-os e preparou com delicadeza o ataque.

Pág. 217 / 1º parágrafo: “Com cuidados profissionais, Grenouille pôs-se a trabalhar. Abriu o saco de viagem, retirou dele lenço, pomada e espátula, estendeu o lençol de linho sobre o cobertor em que estivera deitado e começou a espalhar sobre ele a pasta gordurosa. Este era um trabalho que demandava um certo tempo, pois era preciso tratar de colocar a gordura aqui numa camada mais grossa, ali numa mais fina, conforme a parte do corpo que o pano viesse a tocar.”

Enfim conseguiu seu 25º perfume e conquistou sua maravilhosa fórmula.
Richis ficou inconsolável, em busca de assassino se pôs toda a cidade e muitas pessoas chegaram a ser acusadas em vão. Até chegarem no real psicopata, Grenouille. Descobriram cabelos e camisolas enterrados no local onde morava. Finalmente pego, foi torturado a fim de contar porque matava e a única resposta era de que precisava das meninas.
No dia de sua punição, a praça da cidade lotou, pessoas de fora vinham ver o famoso assassino ser morto.
Grenouille estava sendo levado e pouco antes de descer do veículo, pingou uma mísera gota de seu extasiante perfume em si e desceu. Aí a cidade parou, todos passaram a amá-lo, todos sabiam que que ele era o assassino mas ninguém queria acreditar que aquele homem tão inocente havia matado as meninas, mais parecia um anjo.
Uma grande sessão de Urgias se fez na praça, as pessoas não podiam conter seus desejos e começaram a se despir, agarrando uns aos outros.

Pág. 241 / 1º Parágrafo: “ A consequência foi que a planejada execução de um dos criminosos mais merecedores da abominação em sua época acabou redundando na maior bacanal que o mundo havia visto desde o segundo século antes de cristo: pudendas senhoras rasgaram as blusas, soltava com histéricos gritos seus seios.”

Grenouille no meio daquele show de histeria, viu Richis se aproximando e pensou ser aquele o único homem a quem não conseguiria enganar e já estava se vendo morto quando Richis o atacou com um grande abraço. Sentia que ele era seu filho, pois nele estava o perfume que o fez confundir Grenouille com sua filha.
Mesmo tendo todo o carinho de Richis, e tendo toda a cidade esquecido o episódio ou fingindo esquecer por vergonha, Grenouille resolveu partir e chegou a Borgonha.

Pág. 253 / 1º linha: “As pessoas, no entanto, acreditavam que desejavam a mim. E o que elas realmente desejavam permaneceu um segredo para elas”.

Chegando a um cemitério, Grenouille não foi percebido pelo bando de gente que lá estava, mas pingando uma gota de seu precioso perfume em seu jaquetão azul, foi o centro das atenções. As pessoas que ali estava começaram amá-lo e querer aquele pequeno homem para elas, aqueles canibais se aproximaram dele e cada um lutou por sua parte. Grenouille ficou em pedaços, cada um se apoderou e comeu a sua parte.

Pág. 255 / 2º parágrafo: “... foram obrigados a sorrir. Estavam extraordinariamente orgulhosos. Pela primeira vez, haviam feito algo por amor”.


Ariadne Sanches - lider- Endily Sanches, Jéssica Harumi, Liliane Pires, Patricia Kenik.

PESQUISA, CRIAÇÃO E ESTILO: AS RELAÇÕES PERIGOSAS


O autor, Chordelos de Laclos, conta o drama “As Relações Perigosas” através de crtas onde seus personagens relatam os acontecimentos passados e presentes e pedem auxílio ao destinatário.
A história, com muita sedução e tramas maquiavélicas, gira em torno de um plano entre a Marquesa de Merteuil e o Visconde de Valmont, pessoas que adoram brincar com os sentimentos, a vida e os destinos de pessoas previamente escolhidas. Ela, invejosa, falsa e sem escrúpulos, quer vingar-se do Conde de Gercort, que se separou dela para casar com uma mulher pura, a jovem Cécile Volanges, recém-saída de um colégio de freiras.
Ingênua, bonita, desprovida de qualquer maldade e com apenas 15 anos, Cécile apaixona-se pelo seu professor de harpa Danceny e com ele troca correspondências secretas uma vez que sua mãe, a Senhora de Volanges, não permitiria o namoro.
O plano da Marquesa era que Visconde seduzisse a jovem. Ele, a principio, não aceita, acreditando ser uma tarefa fácil para qualquer pessoa. Seu maior desafio seria seduzir a Presidenta de Tourvel, uma mulher religiosa, casada, atraente, 24 anos e sem interesse pela vida social.
No desenrolar da trama, Cécile e Danceny são afastados pela Senhora de Volanges após a Marquesa delatar as correspondências do casal. A jovem, não sabendo que a Marquesa foi quem provocou a situação, continua revelando-lhe seus segredos.
No castelo da Sra. Rosemonde, uma viúva de 80 anos, as Volanges vão passar uma temporada e encontram o sobrinho de Rosemonde, o Visconde. Ele, aos poucos, obtém a confiança de Cécile, e com a ajuda de Danceny, consegue a chave do quarto da jovem, que estava em poder da mãe dela. Ele a seduz, e com a ajuda da Marquesa, a convence de que o que ocorreu entre eles era algo bom.
Ao mesmo tempo, o Visconde troca correspondências com a Presidenta, que, gradativamente, sente os sentimentos florescerem e, ao se dar conta que não consegue mais evitá-los, foge do castelo, onde também se abrigava.
Ao final, a Marquesa, já inimiga do Visconde, tem como amante Danceny, que a desmascara para toda a sociedade francesa; Cécile que estava dividida entre o professor e o Visconde vai para o convento; e a Presidenta de Tourvel morre louca após saber que o Visconde e Danceny travaram um duelo e seu amado morreu.
Claudiana Cardoso - líder - Jésica Caran e Luiza Aragusuku

PESQUISA, CRIAÇÃO E ESTILO: A MORTE EM VENEZA


A Morte em Veneza conta a história de Gustav Von Aschenbach, personagem principal do livro que vive ao longo de sua vida em Munique em meados do século XX. Tem uma vida normal como a de qualquer cidadão daquela época. Casa-se com um moça de família erudita, tem um filha e logo torna-se viúvo.
Aschenbach durante um passeio em Munique , fica encantado ao ver um viajante e com isso ficou com desejo de viajar também. Aschenbach vai para uma ilha Adriática e então, por lá, ao estudar rotas de navio, decide ir para Veneza. Aschenbach ao ouvir alguns jovens rindo e conversando percebeu que nem tudo era como de costume, achava tudo isso muito esquisito ao ver que um dos jovens não era um jovem e sim um velho cheio de rugas, flácido de bigodinho e dentadura amarelada.
Chegando em Veneza se hospedou no Hotel Excelsior, foi muito bem recebido e acompanhado pelo gerente até seu quarto. Logo, no horário do jantar, Aschenbach chega cedo ao salão e fica a observar os hospedes ali reunidos. Quando viu um grupo de adolescentes sob tutela de uma governanta. Eram três moças e um rapaz com aparência de 14 anos. Aschenbach notou que o menino era muito belo, tinha o rosto pálido, fechado, cabelo cacheados louros cor de mel, com nariz reto e boca suave. Tinha uma aparência doentia. E assim inicia a história de Aschenbach através do hipnotismo do belo.
O nome do menino era Tadzio. Ao observar constantemente, Aschenbach começa a seguir todos seus passos e observar cada dia mais, assim, aumentando sua paixão platônica.
Durante a viagem, Aschenbach, numa tarde qualquer, resolveu fazer um passeio onde percebeu que talvez não seria uma boa decisão continuar na cidade. Os odores, o calor abafado e todos os cheiros do lugar o faziam mal, era uma grande tortura para ele continuar ali. Decidiu então, ir embora de vez.
Aschenbach arrumou toda sua bagagem para a partida, levando apenas uma bagaem de mão pois as outras já haviam sido levadas até a estação. Já na estação, ele foi avisado de que sua bagagem seguiu em direção errada voltando para o hotel. No mesmo instante Aschenbach sentiu uma enorme alegria ao saber que não teria que ir embora e que iria rever o menino Tadzio.
Gustav não queria partir de forma alguma, se preocupava apenas com a partida da família polonesa. Todos os dias, ele observava o quanto Tadzio se divertia e cada vez mais ficava admirado com sua beleza. Para ele, essa relação de conhecer alguém somente de vista era estranho, se observam, se encontram e até mesmo se gostam, mantendo somente aparência distante movida pela ética. No entanto, Gustav notou um interesse da parte de Tadzio que toda manhã ao invés de vir pelo caminho de madeira atrás das cabinas, vinha pela frente passando muito próximo ao local que Gustav estava.
Gustav descobre a pouco que Veneza estava completamente infectada e mesmo assim decide ficar só para ficar próximo ao menino. Sua paixão por Tadzio ia crescendo cada vez mais, com isso a vaidade foi aparecendo em Aschenbach. Ficava muito preocupado com sua aparência e ia diversas vezes ao toilet e ao barbeiro. Sentia nojo de sua aparência enrugada, marcada e de seus cabelos grisalhos. Tadzio já havia percebido que tinha um admirador e toda vez que ele andava sempre olhava para trás para conferir se estava realmente sendo seguido.
Pela manhã, Aschenbach não se sentindo bem, saiu mais cedo que de costume e logo notara uma quantidade de bagagem no saguão do hotel. Era da família de Tadzio. Foi até a praia e avistou Tadzio com alguns amigos.
Tadzio, após uma luta forçada com Jachu (um de seus amigos) que sufocou-o na areia, se levantou, foi para beira do mar e ali ficou parado durante um momento. Em seguida virou para trás e ali estava seu admirador, e pela primeira vez o olhar de um para o outro foi correspondido. Aschenbach ficou admirado pela cena tão esperada e levantou-se rapidamente de encontro ao olhar. Minutos passaram e veio a notícia de que Gustav havia caído ao lado da cadeira onde estava sentado. Foi levado para o quarto e no mesmo dia o mundo recebeu a notícia de sua morte.



Gabriela Lopes Líder - Mariana Alves, Danielle Novoa, Renata Ciaramicoli, Cezar Andrade.



PESQUISA, CRIAÇÃO E ESTILO: LIVRO AS HORAS

O livro inicia-se com a história verídica de Virginia Woolf, que suicida-se em 1941, tomada pela loucura que acreditava existir. Deixando uma carta de despedida ao seu marido Leonard e à sua irmã Vanessa. Dá início ao romance Mrs. Dalloway, em 1923, que descreve os personagens de Clarissa, de meia idade, é editora que tem uma filha de 19 anos (Júlia) e está elaborando uma festa para Richard( possui idades próximas de Clarissa), seu melhor amigo, que é poeta e escritor e prestes a ganhar o prêmio Carrouthers. Porém, Richard é aidético e seu organismo, já muito debilitado devido à sua doença; vive em meio às suas alucinações, ouvindo vozes, achando que os fatos, pelo qual precisa passar já ocorreram. A festa acaba sendo interrompida, não se realizando pelo suicídio de Richard, que se joga do parapeito de seu apartamento. Sally, também de idade próxima de Clarissa, com quem tem um relacionamento amoroso.
Em paralelo, aparece a figura, também fictícia, de Laura, que tem um filho de três anos, Richie. Assim como Clarissa, ambas são americanas. Laura aparece como leitora do livro de Virgínia Woolf, Mrs. Dolloway e esporadicamente pergunta – se o porquê de Virgínia ter cometido tal suicídio. Laura vive numa angústia depreciativa de não saber cumprir bem seu papel de boa esposa culminando numa simples confecção de um bolo de aniversário para seu marido Dan. Laura apresenta uma certa dificuldade de aceitação e inserção no presente momento em que está se vivendo. Sente lapsos de vontade de fugir, de largar o marido, de cometer suicídio, de tomar remédios proibidos na sua gravidez. Num dado momento, essa vontade de deixar tudo, concretiza-se. Assim, como as figuras de Clarissa, Richard e até mesmo de Virgínia que chega a beijar a boca de Vanessa, sua irmã, na boca, Laura também tem ´´caídas`` homossexuais pela sua amiga Kitty. Ao final do livro, Laura está com mais ou menos oitenta anos e, descobre-se que morava em frente ao apartamento de Richard e que este era seu filho Richie. Depois do segundo filho de Laura ter nascido, assim já se tinha decidido abandoná-los, o marido e os filhos e, assim o fez e fora morar no Canadá.
Camila Karina
Célia Maria
Cyntia Nakasuga
Débora Eusébio
Laís Schneider

PESQUISA, CRIAÇÃO E ESTILO: LIVRO LOLITA



Romance de Vladimir Nabokov que narra a história de um Humbert Humbert, que se apaixona por uma garota de doze anos. Nascido em 1910 em Paris, teve sua juventude marcada pela perda de seu primeiro amor, Annabel, que morre de tifo.
Tal fato fica tão marcado em sua vida, que seu amor carnal não consegue ser por mulheres, e sim, por pequenas ninfetas ginasianas (como as apelidou) que brincam em praças ensolaradas de seus bairros. Ao passar do tempo, ele continua com o desejo por meninas e possuindo relações com pequenas prostitutas menores de idade, Até que certo dia decidiu-se casar-se com Valéria, a filha de seu médico, que nunca revelara sua idade, mas que sabia se tornar uma garotinha na cama, (ela nem imagina que esse era o desejo de Humbert). Porém seu casamento começa a fracassar, sua esposa aparenta mais idade, não se cuidava como antes. No mesmo período que recebe uma proposta para trabalhar nos Estados Unidos, Valéria o deixa por outro.
Divorciado, parte para sua viagem, e começa a trabalhar com anúncios de perfume e vez ou outra sacia seus desejos admirando ninfetas nos parques da cidade. Pouco tempo depois é acometido de um ataque de insanidade que o prende em um sanatório por duas vezes. Essa última foi prolongada pois descobre com a ajuda de um amigo que trabalhava no local que os médicos e psiquiatras se divertem com as histórias de seus pacientes.
Ao sair, resolve morar numa cidadezinha sonolenta que tenha um lago próximo, com a ajuda desse amigo do sanatório, muda para Ramsdale porem a casa onde se hospedaria foi atingida por um incêndio e uma vizinha se oferecera para se hospedar em sua casa, a Sra. Haze, uma viúva elegante e bonita. Decidido a não aceitar, queria sair daquela casa o mais rápido possível, mas seus pensamentos foram paralisados ao avistar a pequena e pubescente Dolores Haze (Lolita), que tinha seus doze anos de idade, então apaixonado aceita o convite na mesma hora. Durante o período como inquilino escreve em um diário todos seus sentimentos pela garota.
Lolita reascendeu todos seus anseios inacabados (nunca saciados por completo), e travessa como ela só fazia de tudo para conseguir o que queria. Ela e sua mãe tinham alguns problemas de relacionamento, a Sra. Haze não aturava suas reclamações, sentia ciúmes e competia com a filha. Como solução resolveu mandá-la a um acampamento para passar as férias e ficar a sós com seu inquilino, triste e desamparado pela partida de sua ninfeta. Ao levar sua filha ao acampamento Q, deixa uma carta declarando seu amor por Humbert. Após ler e reler a carta ele então arquiteta um plano, com medo de nunca mais ver sua amada decide casar-se com a Sra. Haze pois assim teria mais tempo e liberdade com seu amor.
Após certo tempo, sua esposa encontra as anotações de seu diário, onde estavam escritos pensamentos perversos e picantes sobre sua pequena Lolita. Transtornada a Sra. Humbert é atropelada ao atravessar a rua para colocar três cartas na caixa de correio. Humbert se torna viúvo, pra sua felicidade e inventa aos amigos do casal que é pai de Dolly.
Humbert vai buscar Lolita no acampamento e descobre que sua pequena fora infiel, tendo relações com Charlie, filho da dona do acampamento; a partir daí, ela “ensina” o que aprendera com o menino e seduz seu Humbert. Depois desse primeiro entrelace começa uma paixão doentia, cercada de ciúmes, chantagens e mimos, onde eles embarcam numa viagem pelos Estados Unidos.
Em 1948, dois anos depois, cansados de viagens, Humbert aceita uma proposta para dar aulas na Universidade de Beardsley, pois na cidade havia uma pequena escola só para meninas. Lá Dolly descobre sua paixão, o teatro, onde conhece Clare Quilty, um escritor de peças. Humbert não aprovara sua paixão pelos palcos, pois com seu ciúmes doentio restringia ao máximo as saídas de sua amada. Com tantas brigas e discussões, resolvem novamente viajar pelos Estados Unidos. Nessa viagem H. se sente o tempo todo perseguido por um carro, inicialmente fica com medo de serem detetives que querem pegá-los por incesto e pedofilia. Em uma de suas paradas, Lolita fica doente e é internada, quando recebe alta, foge com Quilty, que os seguia por todo o tempo, e vão para o rancho “Fuque-fuque” , com a intenção de fazer algumas filmagens.
Humbert fica louco, procura Lolita por todas as cidades, até que após um ano de procura, se cansa e se interna em um dos sanatórios que já conhecia. Nesse tempo, ele se recupera, e em um bar de Nova York conhece Rita, que possui o dobro da idade de Lolita, a quem ele nunca esquecera.
Em 1952, Rita e Humbert ainda estão morando em Nova York, quando ele recebe uma carta de sua Lolita, que estava casada com Dick Schiller, grávida e precisando de dinheiro, pois passava por necessidades. No dia seguinte, Humbert parte para a cidade onde ela morava, Coalmont, pronto para matar o homem que a roubara dele em 1949, mas para sua tristeza ao ver o estado de Lolita, que ele percebe não ser mais sua ninfeta, ela estava em uma rala camisola, usava óculos e com sua imensa barriga a qual quase nem agüentava, e ao ver seu esposo, percebeu que não poderia matá-lo, não seria ele. Com o seu ar sempre elegante, Humbert fez suas perguntas a ela tentando arrancar o nome do homem com que ela havia fugido, foi quando descobriu sua verdadeira história, deu a ela então um envelope e pediu para que voltasse, mas um “não” soara de sua boca. Ele vai embora triste, mas com uma missão, matar Quilty, o homem que arruinara sua vida.
No caminho de volta, ele passa em Ramsdale, atrás de Quilty, e o assassina com a pistola do falecido marido da Sr. Haze, e sai aliviado e sem arrependimento de ter matado o infeliz e no caminho de volta acaba sendo preso.
Nesse mesmo ano, Humbert Humbert vai para a cadeia e escreve este livro, que só foi publicado, como seu desejo, após sua morte um ano depois por trombose.
Aline Cristina - líder- Amanda Gimenes, Maiane Rosa, Raphaela Saiki, Rebeca Maia.

PESQUISA, CRIAÇÃO E ESTILO: UM BONDE CHAMADO DESEJO





Um Bonde Chamado Desejo, peça escrita por Tennessee Williams em 1947 e que ganhou versões na Broadway e no cinema, conta uma história decadente e trágica que nada mais é do que um retrato sobre a ilusão e a loucura na vida de uma pessoa. Blanche DuBois é a personagem principal da peça e a personificação dessa loucura e ilusão. Mulher atraente e vinda de uma outrora rica e aristocrática família do sul dos Estados Unidos, Blanche se vê obriga a ir morar com sua irmã Stella em New Orleans após perder Belle Reve, a casa da família. É com a chegada de Blanche a New Orleans e consequentemente à casa da Stella que a história começa.


Ao chegar a New Orleans, Blanche precisa pegar dois bondes até a casa da sua irmã, o primeiro chamado Desejo e outro chamado Cemitérios (uma alusão ao que será a trajetória da personagem no decorrer da peça). Chegando ao endereço que tem em maos, Blanche se vê em um bairro contrastante ao seu até então estilo de vida e não compreende como a irmã pode trocar a vida que tinha por aquilo.
Quando finalmente se reencontra com Stella, Blanche conta que perdeu Belle Reve após todos os parentes morrerem e ela ser obrigada a hipotecar a casa. O primeiro contato com Stanley, marido de Stella, se dá durante essa cena.
Stanley Kowalski, marido de Stella, é um ex-oficial do exército e foi nessa época em que ele e Stella se conheceram. Apaixonada, Stella abandonou a comodidade de Belle Reve para se casar e morar com Stanley em New Orleans. Homem de modos rudes e grosseiros porém com um certo charme, é considerado um animal pela cunhada.
O primeiro confronto entre estes dois personagens, se dá no dia em que Stanley confronta Blanche pois julga que a cunhada está escondendo algo dele e de sua esposa além de acusá-la de um suposto golpe que ela teria dado com relação a Belle Reve. Outro grande momento de conflito é o que acontece na noite de pôquer de Stanley e seus amigos. Nessa cena, além de um conflito sério com o cunhado, onde Stanley, bêbado e irritado acaba por bater na esposa grávida, Blanche conhece Mitch, amigo de Stanley desde os tempos de exército e que se tornará seu namorado.
O decorrer da história mostra Blanche dando sinais de seu desequilíbrio mental e Stanley desconfiando cada vez mais da história contada pela cunhada para justificar sua presença ali por tanto tempo. Blanche tem momentos de extrema morbidez seguidos de momentos de felicidade que se intensificam com a chegada de seu aniversário e denunciam sua fragilidade emocional . Ela continua a se encontrar com Mitch e é nesses momentos em que é possível descobrir fatos da sua vida acontecidos antes de sua chegada a New Orleans. Fatos como seu primeiro amor e o fim do mesmo (ela descobre que o grande amor da sua vida era homossexual e um dia, ao beber demais, diz saber do segredo dele, o que acaba levando-o ao suicídio) são revelados em momentos assim, sempre tendo como trilha sonora uma polca varsoviana, diferentemente do restante da história, que é embalado pelo blues, ritmo musical em voga naquela época na cidade.
Outro fator que desperta interesse e se torna forte na história, é o medo que a personagem principal tem de que sua beleza vá embora. Blanche evita ser vista sob uma luz mais forte que possa mostrar as marcas que denunciem sua idade ou que deixem transparecer qualquer coisa sobre seu passado.
E é na data de seu aniversário que a grande verdade sobre Blanche vem à tona. No momento em que Stella está arrumando a decoração para o jantar de aniversário dela e a própria Blanche está em um dos seus costumeiros banhos quentes, Stanley chega em casa com a verdadeira história sobre sua cunhada.
Segundo Stanley, após a perda de Belle Reve, Blanche teria ido para uma pequena cidade chamada Laurel e ali teria se prostituído a ponto de ser expulsa da cidade. Outra mentira contada por ela, a de estar afastada por causa de problemas de saúde de seu emprego como professora também é desmentida por Stanley. Blanche teria sido demitida de seu cargo por ter se envolvido com um rapaz de 17 anos.
Tais revelações se tornam o começo do fim triste que Blanche DuBois terá. Stella fica arrasada com a verdade sobre a irmã. O jantar de aniversário se torna um acontecimento memoravelmente triste pois além da ausência de Mitch, que também já sabe da verdade sobre Blanche, Stanley dá de presente à cunhada uma passagem de volta para Laurel. O único momento que mais se assemelha a um momento de felicidade nesse dia se dá pelo início do trabalho de parto de Stella, que vai para o hospital acompanhada pelo marido.
Com o final da história se aproximando, o fim de Blanche se torna cada vez mais cruel. Após o lúgubre jantar de aniversário, Blanche recebe a visita de Mitch enquanto a irmã e o cunhado ainda estão no hospital. Ele a confronta sobre as mentiras contadas e diz uma das frases que mais resumem Blanche no livro todo: “Mentiras, mentiras, dentro e fora, tudo metira”. Como se não bastasse, após ter seu namorado terminado, Blanche ainda tem um ultimo desentendimento com Stanley ainda naquela noite quando o cunhado retorna do hospital tendo sido liberado pois seu filho não nasceria tão logo. Assim que chega em casa, Stanley encontra uma Blanche vestida com seu melhor vestido, uma tiara de strass nos cabelos e completamente amalucada e bêbada. Aproveitando-se da situação, Stanley abusa sexualmente da cunhada.
O fim de Blanche se dá também no fim da peça. Depois de todos esses acontecimentos e provas de que Blanche não consegue se manter por si só, sem entrar em seu mundo de loucuras e fantasias, ela é encaminhada para um manicômio em uma cena emocionante onde vemos Blanche se arrumando e sendo levada ao manicômio pelo médico e pela enfermeira e tendo como pano de fundo sua irmã aos prantos e Mitch entristecido pelo fim de sua amada.

Vania Carolina líder, PAtricia moises, Letícia de Andrade, Joyce Martinez, Alessandra de Campos, Aline Tassia.

domingo, 15 de março de 2009

PESQUISA, CRIAÇÃO E ESTILO - LIVRO O MENINO DE PIJAMA LISTRADO


“... uma fábula sobre amizade em tempos de guerra e sobre o que acontece quando a inocência é colocada diante de um monstro terrível e inimaginável...”

“O Menino do Pijama Listrado” conta a história de Bruno, um menino de nove anos que vive em Berlim com sua família e leva uma vida boa e confortável. Até o dia em que se vê obrigado a mudar de casa, por conta do emprego de seu pai, para uma casa menor e muito menos bonita, em uma outra cidade afastada de tudo e de todos, onde não há ninguém para brincar com ele nem nada para fazer.
Mas algo chama a atenção do garoto: da janela do seu quarto é possível ver várias pessoas de pijamas listrados do outro lado da cerca. Sem nada para fazer em casa, Bruno resolve explorar as redondezas do lugar, até que descobre um garoto do outro lado da cerca, vestido da mesma maneira que as outras pessoas que via da janela do seu quarto, e aí se inicia uma bela história de amizade. Praticamente todos os dias os dois se encontram no mesmo local e Bruno sempre leva comida para o seu novo amigo, que curiosamente, sempre estava com fome.
Toda esta história se passa em 1943, em pleno regime nazista. O pai de Bruno era, na verdade, um alto oficial alemão designado para controlar o campo de concentração de Auschwitz (ou Haja-Vista, como o garoto chamava). Shmuel, o garoto de pijamas listrados com quem Bruno fez amizade, é um dos muitos judeus que sofreram os horrores do Holocausto. E Bruno, por sua vez, nada entendia sobre o nazismo, o ódio contra os judeus ou sobre o que era um campo de concentração. Para ele, as pessoas de pijamas listrados pareciam fazendeiros.
Toda a história é contada a partir do ponto de vista de um alemão e não de um judeu. O grande enfoque do livro pode-se dizer, está na amizade inocente entre os dois garotos que supera a barreira de preconceitos - que os dois mal sabem o que significa.
O autor, John Boyne, oferece um olhar inocente sobre o Holocausto através dos dois garotos. Shmuel não entende muito bem o que está fazendo naquele lugar, ele só sabe que não poderia mais usar suas roupas normais, usando apenas um único pijama listrado.
Com essa maneira especial de contar uma história cheia de dor, este best-seller mundial já vendeu mais de 350 mil livros em todo o mundo e foi considerado pelo jornal USA Today como uma "introdução memorável ao tema como O Diário de Anne Frank foi em sua época". Como muitos outros campeões de vendas, o livro acabou virando filme pelas mãos do diretor Mark Herman.
Ingrid Kelly, Vania Brito, Vanessa Braga, Nátalie Emanuelle.
Olá Jô, boa tarde! Segue abaixo um link com o desfile de graduação do estilista Aitor Throup, no Royal College of Art em 2006, e aquele look incrível de alfaiataria com caveiras sobrepostas que você nos deu como referência faz parte desse desfile. Pode clicar que não é vírus: http://www.catwalking.com/GRADUATES/2006/BA_shows/shows/RCA/shows/29-Throup/index.html.
Pesquisei tudo e um pouco mais sobre o tal, ele é fantástico nas propostas que faz, foge do lugar comum no mundo masculino, e algo do feminino pode ser encontrado no site dele para aquela marca esportiva Umbro. Estou com ótimas expectativas para o resultado desse projeto. Agradeço muito a sua atenção e direcionamento, certamente vitais para as descobertas por onde estamos trilhando rumo ao desfile Moda e Literatura.
Grata, Ingridy BatistaModa - 3° semestre / noturno

PESQUISA, CRIAÇÃO E ESTILO - LIVRO ORLANDO

Marko Mitanovski, avant garde Belgrade designer and often compared to Alexander McQueen and the 'dark and theatrical' Gareth Pugh, finds his passion in historic costumes. This passion forms the basis of his inspiration.
A história de Orlando narra a vida de um nobre e solitário Lord inglês, apaixonado pela natureza, sensível, com temperamento crítico e aventureiro, belo e que tem como maior amante a poesia, o papel e a tinta, que permeiam os principais momentos de sua vida. Singular e excêntrico, Orlando é um homem/mulher passional por essência.
Apesar de viver muitas desilusões, Orlando não parece estático diante do tempo.
Sua história é pontuada por nuances de altos e baixos, de romances intensos e muitos anos de solidão. Tornou-se Duque, foi idolatrado pelos vizinhos no interior da Inglaterra, cavalgou com ciganos na Constantinopla mas, a sua essência nobre não o fez permanecer junto à eles por muito tempo.
O ponto mais alto da história acontece após a sua posse como Duque, quando Orlando, depois de dormir por sete dias seguidos tem o corpo reanimado pelas Deusas da Pureza, Castidade e Modéstia. A única diferença, ultimamente citada e não por isso menos importante, é que Orlando, aos 30 anos, após acordar de seu sono que, Oxalá, não podemos explicar, é que ele tornara-se mulher.
Personagens que me chamaram atenção. -sujeito à alterações-

Orlando – Características Físicas

· Nobre Inglês que atravessa os séculos transformando-se em mulher aos 30 anos de idade.
· Lábios finos e levemente repuxados sobre dentes de uma deliciosa brancura de amêndoa
· Faces rosadas
· Pele branca
· Cabelo Escuro
· Orelhas pequenas e bem unidas a cabeça
· Seus olhos são como violetas encharcadas tão grandes que as águas parecem chegar-lhe as bordas e alargá-los
· Sua testa era como uma cúpula de mármore
· Usava jarreteiras, roupas de cavalaria, capas á noite para andar a cavalo.
· Usava Lenços
· Gibão
· Jarreteira
· Colete de tafetá
· Gola de Renda
· Sapato com Roseta
· Dálias
· Panturrilhas Esbeltas

´´ Não sabia se era o maior gênio ou o mais louco do mundo ``

´´ Tempo do relógio e tempo do espírito ``

´´ Vou apenas escrever o que a mim agradar ``
Augusto, Gabriela, Lara Ribeiro, Marcos Mansan (líder), Thais Modesto.

PESQUISA, CRIAÇÃO E ESTILO - LIVRO O AMANTE

O Amante – Margueritte Duras

O livro trata de um acontecimento pessoal da autora enquanto vivia na Indochina com sua família. Começa falando de problemas familiares que ela tem com a mãe e o irmão mais velho. A família viveu com certa dificuldade financeira, sua mãe tinha problemas emocionais e havia perdido o marido, e talvez por isso os laços afetivos fossem distantes dentro de sua família.
A princípio ela relata momentos de sua infância, que mudava de casa com freqüência. A maior parte da história se passa em Saigon, onde estudava e ficava boa parte do tempo longe de casa. Seu irmão mais velho era violento, irresponsável e viciado em jogo enquanto o mais novo era sensível e carente. Ela se dá melhor com o mais moço, até mesmo por ele ser mais afetivo.
Sua mãe mostra a preferência pelo mais velho, principalmente por ser o primeiro o filho e depois por atender seus pedidos. Enquanto ela e o mais moço são vistos como crianças, ela não dirige muitas palavras a seu irmão mais velho. Sua mãe insistia em que ela fosse professora de Matemática enquanto ela queria apensa escrever.
A trama realmente começa quando ela narra o episódio da travessia de balsa pra a escola. Onde ela conhece o chinês que vêem a ser seu amante. Ela inicia sua vida sexual com este homem aos quinze anos e passa a se encontrar com ele todas as tardes. Eles se amam, mas não assumem, ele por sentir-se usado e sofrer com o amor que sente por ela, e ela por ser resistente com si e aceitar essa como uma situação obrigatória.
Ao tentar uma aproximação familiar o chinês tem mais receio de assumir seus sentimentos. Nesse ponto ela mostra o preconceito mútuo de franceses com orientais e orientais com franceses. Porém a protagonista não se importa com a opinião de sua mãe ou de seu irmão. Continua a encontrar-se com ele e cada vez mais esses encontros rotineiros são intensos, prazerosos e entristecedores.
Margueritte também trata da própria androgenia ao falar de sua amiga e colega de quarto no colégio Hélène Lagonelle; para esta a libido se converge para o masculino, pois se sente atraída. Mas esse é um fato apenas apresentado e não discutido.
Ela sentia medo de seu irmão, e se sentia mal por não ter uma boa relação com sua mãe. Alguns episódios do livro retratam seu irmão roubando dinheiro da própria família para jogar. Um episódio bem marcante é quando sua mãe percebe que ela não é mais virgem e a reprime, agride e seu irmão mais velho está do lado de fora do quarto. Ela percebe que ele gosta da violência e que ele quer mesmo que a mãe a machuque.
Ela fala algumas vezes de quando foi para França, onde conheceu outras duas personagens, duas mulheres, Marie-Claude e Betty Fernandez. Trata dessas mulheres como frias. A primeira uma americana que ela diz ser o que não é. A segunda uma organizadora de reuniões intelectuais, é bela e refinada. O marido de Betty é extremamente culto e chega a cativar à protagonista.
Neste livro ela vai se desvencilhando da imagem da adolescência para formar uma imagem adulta, esclarecida e com objetivos. Margueritte também explicita que sua mãe gostava muito de tirar fotos para comparar a ‘’evolução’’ de cada um dos filhos. E fazia isso constantemente.
Conta da morte de seu irmão, que sua mãe ficou extremamente deprimida. Que voltou a França e quando seu próprio filho tinha dois anos ela reencontrou a mãe, mas não lhe falou. Dizia ser tarde demais para isso. Conta que Dô, sua empregada lhe fazia as roupas quando criança. Que sempre esteve presente em seus dias e ajudava muito a sua mãe.
Ela mostra também a autoridade e ausência de comunicação entre seu amante e o pai. Que ele era reprimido também. O pai não queria que casasse, queria que seguisse organizando os negócios da família. O queria perto e, assim como ele, intacto. Ele lhe deu um anel de diamantes. Isso para ela foi quase um atestado de liberdade do colégio. Aquela que antes era motivo de gozação agora mostrava respeito.
A morte de seu irmão mais moço foi dura para ela, triste, revoltante. Ela diz sentir um amor insensato e misterioso. Não sabia por que o amava, mas o sentia. Aprendeu muitíssimas coisas com ele, principalmente sobre carros.
No fim ela se lembra de sua vida na França e que após a guerra viu seu amante com uma mulher nos braços. Talvez ele tivesse se casado. E sua mulher nem se quer sabia da existência dos fatos. Da menina de dezesseis anos. E um dia ele, o amante, lhe telefonou, disse que soube do irmão mais novo, que sabia que ela tinha começado a escrever e que sabia disso, pois encontrou sua mãe em Saigon.
É um romance autentico e envolvente com os fatos. Os últimos parágrafos mostram uma vingança, uma prepotência imposta pelas circunstâncias sociais, culturais e psicológicas que marcaram a vida das personagens principais.


Michelle Gomes, Paula Pedroso, Rubia, Simone Peres e Viviane Gualhanone

PESQUISA, CRIAÇÃO E ESTILO - LIVRO A INSUTENTÁVEL LEVEZA DO SER

O livro A Insustentável Leveza do Ser, não é um romance comum, a problemática humana e sua eterna insatisfação,a dualidade entre leveza e peso, amor, traição, relacionamentos, desejos, insegurança, medo, sexo, são alguns dos assuntos abordados de maneira fantástica e filosófica pelo autor Milan Kundera.
A narrativa traz enredos erótico-amorosos apresentados por seus personagens: Tomas, Tereza, Sabina, Franz e Karenin. Tem como cenário a cidade de Praga, na Tchecoslováquia, em 1968, durante os eventos da Primavera de Praga, que foi o movimento liderado por intelectuais reformistas do Partido Comunista Tcheco, interessados em promover grandes mudanças na estrutura política, econômica e social, na Tchecoslováquia. Comandado por Alexander Dubcek, líder do Partido Comunista local, essas refomas incomodaram a União Soviética, que temia essa influência democrática sobre as demais nações socialistas, sendo assim, em 21 de Agosto de 1968, tanques do Pacto de Varsóvia invadiram a capital Praga. Com o estouro da Guerra os personagens passaram por outros lugares como Zurique, Paris, EUA.
Tomas, um jovem e respeitado médico cirurgião, divorciado e com um filho, com o qual não tinha contato, vivia sem nenhum compromisso amoroso, político, enfim, se julga viver uma vida leve, livre e independente. Sedutor, bonito e atraente tinha inúmeras relações amorosas informais, nas quais tentava descobrir o que cada mulher tinha de inimaginável. Até que aparece em sua vida “como uma criança colocada numa cesta e abandonada ao sabor da corrente” Tereza, uma moça simples, sensível e insegura, que deposita nele a responsabilidade sobre a sua vida. Mesmo depois de casado, Tomas ainda mantinha encontros sexuais com outras mulheres, o que magoava profundamente a apaixonada Tereza, que sabia que seu corpo não era único e nem suficiente para saciar o desejo de seu marido. Tomas a amava do jeito dele, mas amava, era a infidelidade que os distanciava.
Durante a guerra, Tomas e Tereza moraram em Zurique por um tempo. Tomas havia escrito um artigo para um jornal que o comprometeu diante das reformas políticas vigentes, foi despedido do hospital em que trabalhava e partiu para Zurique para não sentir o peso da guerra e suas conseqüências.
Com sua volta a Praga, ainda colhia os frutos daquele artigo e decidiu-se mudar para o interior com Tereza onde poderiam viver mais plenamente, tornou-se lavador de vidraças e Tereza pastora de novilhas. Tomas continuava a ter casos eróticos, todos os dias, com as mulheres que contratavam seus serviços de lavador .
Um dia o casal recebeu de um vizinho um convite para dançar num bar que ficava em uma cidade perto dali, na volta eles sofreram um acidente na estrada que os levou a morte.
Sabina, pintora tcheca, atraente, amiga e uma das inúmeras amantes de Tomas, tinha um ateliê na cidade onde mantinha seus encontros com ele e com outros homens, identifica-se com ele, pois não se prende a emoções, não se entrega ao amor, é muito sedutora. Podemos afirmar que Sabina é a versão feminina de Tomas, construía seus próprios valores e desejava fugir das limitações de sua vida. Sentia-se atraída pela traição, pois é nela que encontrava o meio de se libertar “Trair é sair da ordem e partir para o desconhecido.Sabina não conhece nada mais belo que partir para o desconhecido”.
Durante o período que ficou fora de seu país, Sabina tornou-se amante de seu amigo Franz, um professor universitário, forte e atraente, casado com Marie Claude, com quem tem uma filha. Sonhador e sentimental, tinha prazer em participar das manifestações e passeatas, pois assim se sentia protagonista da história e não somente um telespectador. Separa-se da mulher para viver ao lado de Sabina, que o abandona, pois não quer se prender a ninguém. Mesmo não ficando com ela, alcançou algo que nunca experimentara antes, a liberdade e a leveza.
Sabina foi viver na América onde seus quadros vendiam muito bem, mas era sozinha, escreveu um testamento determinando que seu corpo fosse cremado e suas cinzas espalhadas ao vento, pois queria morrer sob o signo da leveza, diferente de Tereza e Tomas que morreram sob o signo do peso.
Franz morreu em um assalto, pensava em Sabina todo o tempo, mas esses minutos eram interrompidos apenas quando pensava na estudante de óculos grande com quem se relacionava desde quando Sabina o deixou. Marie Claude cuidou de todas as providencias, desde o velório ao enterro, mesmo contra a vontade de Franz que queria morrer sem o peso de ser o marido que a sociedade impunha, queria morrer com o mesmo sentimento de liberdade e felicidade que quando abandonara sua esposa.
Karenin, uma cadela dada por Tomas de presente a Tereza. Era sua companheira, vivia com ela todo o tempo, participando assim de seus dramas e felicidade. Tereza a amava sem culpa, ela era especial, pois ao contrário dos outros personagens, amava sem precisar trair. Tereza tentava preencher o tempo que gostaria de estar ao lado de Tomas, com ela. Karenin dez anos depois, ficou muito doente, com câncer e seu estado castigava Tereza que não agüentava ver sua companheira sofrer tanto, a cadela não tinha mais força para acompanhá-la em suas tarefas mais simples e então tiveram que sacrificá-la o que provocou em Tereza uma tristeza profunda.
Uma das principais características do livro é a maneira com que o mesmo momento é contado mais de uma vez, a partir de seus diferentes personagens. Não há uma linha cronológica nem ordem, dando a impressão de ir e vir, como de fato acontece no cotidiano da humanidade. Os personagens valorizam a felicidade momentânea e tentam sustentar o sentimento causado por estes momentos, fantasiam uma leveza que não é real, que é insustentável. A força de suas escolhas balanceia suas vidas.

Thaissa Santana ( Líder), Mônica Acalá, Priscila Ferreira, Renata Gomes, Vaine Quessi.