terça-feira, 19 de janeiro de 2010

CONSTRUÇÃO IMAGÉTICA: Vanessa Sousa

-Primeiramente procuro fazer um breve entendimento dos filmes / exposições, em minha cabeça, lembrando dos pontos que mais me chamaram a atenção, ou a mensagem que este me passou;
-Logo após, procuro imagens que me fazem de alguma maneira referencia a época, espaço em que o filme se passa. Procuro não passar nada tão óbvio nas construções, em alguns momentos procuro me apegar aos detalhes;
-Selecionadas as imagens, começo ver “quem combina com quem”, respeitando a minha cartela de cores, que não é muito colorida, varia entre o preto, branco, sépia, e se for para fazer uma referência as tendências de Moda tem o “nude”, mas lógico que em alguns momentos apareceram alguns tons mais vibrantes.
Eu começo então a sobrepor as imagens, e ver se elas tem uma ligação entre si: tema, cores, época, espaço, enfim se á uma harmonia.
“O curioso caso de Benjamin Button”

Como foi a primeira construção, não ousei muito. Nesta cortei muitas imagens, algumas muito óbvias, outras que remetiam algumas fazes do filme. Selecionei as que eram talvez menos óbvias, mas que tinham uma ligação ao contexto do filme, como o casal de crianças, (representando a infância dos personagens em momentos diferentes), a cadeira de balanço que remete ao primeiro momento do filme, onde Beinjamin é um “jovem idoso”. A idéia é fazer um resumo da história, só que com imagens.

“Cristian Lacroix – Trajes de Cena”
Nesta construção, mesclei imagens de várias revistas. A idéia era passar os volumes constantes da exposição de Lacroix, mas sem esquecer da minha cartela de cores, ainda que tenha algum jogo de nuances procurei tons que não fugissem das cores usadas anteriormente, como os tons pasteis, e este terracota para não ficar tão monótono o resultado final.

Processo de elaboração das Construções:

“Matisse Hoje”

Acredito que esta construção foi um tanto contraditória, já que na exposição de Matisse, a diversidade de cores era infinita. Porém, optei por me apegar a outros detalhes, como a subtileza da nudez, vista em vários momentos na exposição, e as flores, para dar um toque campestre, também visto em “Matisse Hoje”.

Corpo Saudável
Aqui fiz uma brincadeira com a alface sendo um chapéu, e venerado pela moça que o beija. Logo em baixo uma tigela com frutas, em que as belas moças de corpos esculturais brotam da boa alimentação representada pela tigela com frutas dentre outros alimentos.


“Gêmeos – Vertigem”
Aqui não tinha como não levar na brincadeira, acho que foi umas das construções mais legais e difíceis de elaborar. Afinal a exposição era um mix de cores e sentidos. O obstáculo era, conseguir passar um olhar de Moda com a leveza e graçada e ao mesmo tempo com o peso social que a exposição tinha.
Para elaborar esta construção, tive o auxílio da revista “Zupi”, que é a parte do cérebro engraçado, conturbado e irreverente deste rosto sério que está logo em baixo. E até propaganda de cerveja entrou na brincadeira, com este sorriso desconstruido, reciclado da propaganda da Nova Schin, rs


“Seis Propostas para o próximo milênio” – Visibilidade
Quem disse que precisamos apenas dos olhos pra enxergar, sentir, as coisas do Mundo. É essa a minha “visão” do que é visibilidade, e foi melhor apurada pela apresentação das meninas da sala, muito bem executada.
Nesta construção, e nas demais a seguir, o que vai prevalecer, é o duplo sentido da palavra, na minha percepção e também no que consegui absorver de algumas apresentações em sala, e do livro.


- Leveza
Para todos, eu acho, e até mesmo para mim, que sempre associa a imagem de que tudo que é leve é BRANCO, aqui procurei abolir essa idéia com esta imagem colhida de um editorial da L’OFFICIEL, onde o look preto com um ar sombrio, também tem a sua parcela de leveza. E para não perder também o foco querendo abolir o branco, optei pela imagem da pomba branca, sendo apenas uma coadjuvante da idéia mais popular do que é leveza. Para esta criação foram usadas aproximadamente quatro revistas diferentes.


- Multiplicidade
Essa acho que é a construção mais óbvia de todas. Quis transmitir uma pequena parcela do que é multiplicidade para mim, e no ponto de vista do livro.
O preto e o branco, o oriental e o afro descendente, o forte e o magro, as várias facetas do EU. Esta construção ela não é necessariamente para ser entendida, mas sentida.

Um comentário:

siron disse...

achei muito interessante,agora ja tenho uma noção do que é uma cnstrução imagetica.Agradecido.

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Obrigada

um abraço,
jo