sexta-feira, 20 de março de 2009

PESQUISA, CRIAÇÃO E ESTILO: LIVRO O LEITOR

Michael ,um típico adolescente de quinze anos,pega hepatite.Os primeiros sintomas aparecem em um dia que voltava do colégio.Uma mulher o ajuda, Hanna , de trinta e cinco anos com a qual ele passa , depois de curado, a manter um relacionamento. Durante todo o verão eles se encontravam todos os dias na casa dela. Ela,uma mulher misteriosa e cheia de segredos, ele um garoto tímido adolescente que com ela conhece os prazeres do sexo, e como satisfazer uma mulher, começa então a se sentir diferente dos outros garotos da sua turma de escola, já era um homem.
Ela fazia Michael ler em voz alta livros da literatura clássica alemã, tudo que ele estava estudando na escola. Se entretinha com suas leituras, e criou até um ritual, primeiro ele lia pra ela, segundo tomavam banho juntos e terceiro transavam. Michael começa a se interessar por outra menina na escola, começa a sair com os amigos na piscina pública, e começa a se questionar quanto ao que sente por Hanna. O relacionamento deles não é assumido nem para os pais deles, nem amigos. Num certo dia Hanna vai embora, sem avisá-lo. Ele tenta saber para onde ela foi ,mas não acha.
Sete anos depois Michael , um estudante de direito, reencontra Hanna em um julgamento. Acusada de ter participado de homicídios durante a 2ª Guerra Mundial, e mais outras 5 mulheres que eram guardas da SS, o foco no julgamento era saber por quê as mulheres não abriram a porta de uma igreja num incêndio que matou milhares de judias que estavam sobe responsabilidade delas. No julgamento Hanna é desmarcarada, Michael começa a descobrir seu passado. Quando era guarda, Hanna e as outras tinham que escolher quem iam mandar de volta para um outro campo de concentração, essas escolhidas eram mortas, por não estarem fortes o suficiente para trabalharem. Antes de mandá-las Hanna escolhia uma, que ficava sobe sua proteção, que dormiria em seu quarto e comeria o que quisesse antes de ser mandada à morte. No julgamento revelam que as meninas escolhidas apenas liam em voz alta para Hanna. Ela é condenada sem nem se quer tentar se defender, o que deixa Michael muito intrigado por saber que ela não foi a unica culpada. Enquanto as outras ex-guardas cumpririam penas mais leves , Hanna foi condenada a prisão perpétua. Ele sabia o segredo dela, e por ela não abrir mão dele, estava sendo duramente condenada.
Depois de algum tempo Michael se casa, e tem uma filha. Quando a filha completou 5 anos se divorciou. Hanna não saiu da sua vida, sempre pensando nela. No meio de tudo isso, pensando sobre sua vida, ele começa a ler « Odisséia ». Decidiu gravar numa fita cassete, depois foram contos de Schnitzler e Tchekov, mas demorou para envia-los à Hanna, mesmo sabendo onde estava. Enviou as fitas sem nenhuma observação pessoal, depois de 4 anos ela o escreve um bilhete comentado que tinha gostado da última leitura, passa a escrever bilhetes, sempre com poucas linhas e observações sobre autores ou sobre o presídio. Ele nunca respondeu aos bilhetes, mas continuou a lhe enviar as fitas.
Certo dia lhe é enviada uma carta da diretora do presídio lhe dizendo que Hanna iria sair da prisão, depois de 18 anos de pena, dali a um ano e que iria precisar de alguém próximo para lhe ajudar e apoiar, e ele era o único que a escrevia, Hanna não tinha mais ninguém. Ele a arrumou um apartamento e um emprego, assim como a diretora tinha solicitado.,mas não foi visitá-la durante o período que estava sendo aguardado para a decisão de Hanna ser ou não solta. A diretora o chamou para que fosse lá, em uma semana Hanna estaria livre. Ele foi, viu Hanna, não pode associar com a Hanna que conhecerá, estava com cabelos grisalhos, cheiro diferente, sua imagem era de uma senhora. Conversaram, sobre onde Hanna ia ficar, o que ele fez durante aqueles anos, e de como se sentia admirado por Hanna ter aprendido a ler na prisão, combinaram que a pegaria na semana seguinte para levá-la ao apartamento que lhe arrumou.
No dia anterior ligou para o presídio, falou com a diretora, que disse estar nervosa pois Hanna ficara muito tempo presa, e que não iria ser fácil a adaptação. Falou com Hanna de onde queria ir no dia seguinte, lhe pediu que planejasse. No dia seguinte chegando lá foi avisado que Hanna estava morta, tinha se enforcado ao amanhecer. A diretora contou como foi a estadia de Hanna e todo o processo de alfabetização. Que as fitas tinham ajudado no processo, que Hanna aprenderá quase sozinha. E que aguardava alguma carta dele, que se comunicasse com ela, explicou que nos últimos anos tinha se excluído, tinha engordado e não tinha mais a mesma limpeza meticulosa de quando entrara na prisão. Em uma espécie de testamento pediu para Michael entregar dinheiro para uma senhora, ela e a mãe foram as únicas sobreviventes do incêndio, ele foi a Nova York, com a decisão da mulher, fez uma doação a uma instituição de alfabetização judaica.
Michael se sentiu culpado as vezes pela morte dela, ele nunca a esqueceu, nunca se livrou da histórias dos dois. Parece que parou no tempo, não viveu, sempre com Hanna em seus pensamentos.

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