quinta-feira, 12 de março de 2009

EXPOSIÇÃO : UM MUNDO SEM MOLDURAS - ATIVIDADE COMPLEMENTAR

dia 26 de março de 2009
a partir das 17h


LOCAL: MAC
Cidade Universitária: r. da Reitoria, 160, tel. (11) 3091-3039 . Ter. a sex., 10h/18h; sáb. e dom., 10h/16h. http://www.mac.usp.br/ver mapa
UM MUNDO SEM MOLDURAS Molduras são contornos. São estruturas que definem campos e dimensões, tempos e espaços. No mundo contemporâneo, mundo que parece constantemente ecoar o refrão “tudo pode”, a sensação que se tem é a de um crescente esgarçamento dessas linhas limítrofes. No tempo turbilhonado da vida contemporânea, o excesso de estímulos e a oferta de informações são tais que acabamos por nos sentir inundados, alagados ou até mesmo estacionados em um espaço de ansiedade efervescente. Não há tempo a perder. Tudo acontece ao mesmo tempo e agora. Mas será que acontece, mesmo? Será que realmente vivemos as experiências, com o tempo e a densidade minimamente necessários para que essas tomem corpo na realidade, ou será que os acontecimentos da vida tornaram-se apenas projeções, imagens bidimensionais exibidas numa tela de ilusões? Muitos artistas lêem esse panorama, dedicam-se a uma produção localizada nessa zona nebulosa e de intersecção entre sonho e realidade, sanidade e loucura, natureza e artifício, vida e morte, arte e não arte. Sim, pois se a partir da era contemporânea arte e vida estão inexoravelmente misturados, não há como se criar sem levar essa sensação para dentro da arte. Talvez a arte seja um dos únicos jogos possíveis dentro desse campo de instabilidades. A própria natureza da arte, com sua tendência a gerar perguntas e nunca respostas, coloca a criação como uma das possíveis moedas de troca nesse terreno movediço e ainda assim, instigante. A produção apresentada aqui, na coletiva Um Mundo sem Molduras, evoca um jogo de projeções, sonhos e desejos. A exposição apresenta 62 obras, de 25 artistas contemporâneos, entre fotografias, vídeos e instalações e lida com a idéia de um mundo onde transbordam os limites e se insinuam novas configurações. Trata-se de uma potente vertente da arte contemporânea que constrói uma narrativa enviesada, procurando no aspecto onírico e fabulístico da arte um novo tom para recriar e fazer transcender a própria vida. Profa dra. Katia Canton, curadora.

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