Cintia SanMartin Fernandes lança o livro Sociabilidade, Comunicação e Política, em Salvador, na Galeria do Livro, 25 de maio de 2010, 19horas.

Na Bahia, uma nova e audaciosa forma de cultura política emerge pelas bordas da estrutura social. Por meio do agenciamento de manifestações artísticas, as comunidades carentes de Salvador se estruturam em movimentos que ganham visibilidade na ocupação criativa dos espaços urbanos. É o que aponta a socióloga Cintia SanMartin Fernandes em seu livro Sociabilidade, Comunicação e Política, no qual analisa as redes socioculturais que gravitam em torno do MIAC (Movimento de Intercâmbio Artístico Cultural pela Cidadania), na capital baiana.


Pensar a cidadania como um modo de “vivenciar a cidade”, de ocupá-la e de transformá-la por meio dos usos e das práticas cotidianas é o ponto inovador desta rede. A autora parte de uma inovadora perspectiva interdisciplinar que adota como principais referências teórico-metodológicas a obra de autores como Maffesoli, Arendt, Lash, Habermas, Hall e Sennett.

Este trabalho é, portanto, recomendado aos leitores que desconfiam das interpretações geradoras de percepções monolíticas da realidade social brasileira. Ou seja, aos interessados em se aprofundar na complexa e dinâmica trama da vida social. Em Sociabilidade, Comunicação e Política, observamos os socialmente excluídos discutindo questões como os direitos humanos e o direito à cidade, utilizando-se da arte como expressão comunitária e ampliadora das potencialidades comunicativas dos diferentes grupos identitários. Isso nos conduz ao debate contemporâneo presente nas reflexões dos teóricos dos Novos Movimentos Sociais.

Mini-currículo da autora: Doutora em Sociologia Política pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Doutorado Sanduíche junto a Université René Descartes-ParisV/Sorbone, no qual participou como pesquisadora no Centre D'etude Sur L'actuel et Le Quotidien (CEAQ) coordenado por Michel Maffesoli. Atualmente realiza Pós-Doutorado em Comunicação e Semiótica na PUC-SP e compõe o quadro de pesquisadores do Centro de Pesquisas Sociossemióticas (CPS) e Centro de Pesquisa Cidade e Comunicação (UrbCom).

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