Paris Fashion Week - Pedro Lourenço - fall winter 2010/2011

fonte: http://www.abest.com.br/2009/noticias_home.php?lang=pt

O estilista Pedro Lourenço desfilou no dia(01.10) sua coleção de verão 2011 dentro do lineup oficial da Semana de Moda de Paris. Essa é a segunda apresentação do jovem criador. Antes do desfile, Pedro conversou com o site sobre sua carreira internacional. Confira!

Você cria roupas profissionalmente desde os 12 anos, quando estava à frente da marca Carlota Joaquina. Neste ano, você se lançou internacionalmente com um desfile independente em Paris. Como você vê a evolução do seu trabalho? Como buscou a especialização?
Acredito que amadureci muito desde o meu primeiro desfile para a Carlota Joakina. Pesquisar novas técnicas é sempre m exercício que faço desde quando decidi ser estilista.

E o que você teve de aprender para iniciar esse trabalho em Paris?
Foi natural. O que aprendi aqui eu mostro lá, mas tudo é feito aqui!

Você contratou uma agência de PR para divulgar seu trabalho em Paris. Que tipo de orientação recebeu da empresa em relação às peças apresentadas, styling, cenário...
Fui convidado a integrar à KCD, uma das melhores assessorias do mundo da moda. Esse escritório me apresentou aos melhores profissionais da área para fazer um bom desfile. Formando essa equipe, eles sugerem ações e planos, daí eu escolho.

Fale um pouco da contribuição da Agência Brasileira de Promoções de Exportação e Investimentos (Apex) via Associação Brasileira de Estilistas (Abest) para esse desfile.
É muito importante o apoio que temos da Apex através da Abest, já que um desfile em Paris exige um budget muito maior que um desfile no Brasil. Sem o apoio da Apex e da Abest ficaria mais difícil. Fico muito feliz de poder contar com o apoio dessas duas associações, pois temos o mesmo objetivo: levar o Brasil para o mundo.

As maiores editoras de moda estiveram presentes em seu desfile, porém Anna Wintour não foi ao evento, mas concordou em receber o material de sua marca. Qual foi a impressão dela em relação ao seu trabalho?
Ela não estava em Paris no dia do meu desfile, mas depois me recebeu muito bem; foi objetiva e pediu para a modelo vestir as peças. Ela ficou surpresa, pois esperava uma coleção cheia de cores e bordados pelo fato de ser brasileiro. Além disso, elogiou a qualidade do produto confeccionado no Brasil.

Você cria roupas para uma mulher contemporânea. Como esse tipo de roupa, que não tem a brasilidade estampada, fez tanto sucesso entre a mídia internacional? Qual seu diferencial entre tantas marcas de lá?
Eu crio roupas para a mulher sentir-se linda. Acho que o sucesso lá fora aconteceu porque apresentei roupas reais, que valorizam o corpo feminino.

Onde você busca inspiração? Pesquisas, técnicas diferenciadas, formas inusitadas...
Gosto de pesquisar, novas técnicas e formas de usar um tecido. Na coleção de inverno busquei referências na arquitetura de Oscar Niemeyer e Diana a Caçadora.

Fale um pouco do desfile, que vai acontecer hoje em Paris.
Após a apresentação no começo do ano, fui convidado pela Federação Francesa de Cultura para integrar o Calendário Oficial da Semana de Moda. O desfile vai acontecer no Les Beaux-Arts de Paris em Saint Germain.

Pode contar um pouco do verão 2011: uma referência, uma cor, uma estampa, uma técnica...
Essa coleção terá cores e uma das minhas inspirações é o corpo feminino! Só posso dizer isso.

Para quais países e lojas você comercializa suas roupas?
Há um showroom me representando em Paris. Também estou vendendo em Las Vegas (Wynn Resorts), Boston (Louis Boston), Shangai (It Apparels), Hong Kong (It Apparels) e Milão (Corso Como).

Quais são os planos para o futuro?
Quero ampliar meus pontos de venda. Estou focado no mercado internacional. Pretendo continuar a desfilar em Paris e levar o nome do Brasil mundo afora, sempre tive essa vontade!