domingo, 31 de outubro de 2010

Dhora Costa : lança o livro A HISTÓRIA DAS BOLSAS

Há quem jure que leva dentro dela só o necessário e também quem leva a vida ali dentro. A bolsa nossa de todo dia é uma acessório indispensável para as mulheres. Com o passar das décadas, essas peças passaram por sucessivas transformações, até virar um objeto máximo de cobiça e desejo no guarda roupa feminino.


O item usado por quase 10 entre 10 mulheres acaba de ganhar um livro contando sua história e sua relação com o mundo da moda. A publicação intitulada A História das Bolsas (Editora Matrix). Escrito por Dhora Costa, mestre em comunicação pela Universidade Paulista e especialista em moda e criação pela faculdade Santa Marcelina, a obra mostra a evolução das bolsas, desde o século XIX, até os detalhes e adaptações que caracterizaram o acessório como feminino e sua evolução durante os séculos 20 e 21, transformando-a em peça principal no guarda-roupa das mulheres.

O livro destaca momentos interessantes e curiosos, como os meados de 1850, época em que as viagens se tornaram mais constantes e o acessório de mão começou a se tornar indispensável. Naquele momento, as mulheres ganharam modelos inovadores, miniaturas de malas de couro com fecho e chave. Essa era a primeira vez em que elas poderiam guardar seus objetos escondidos.
A autora ainda mostra o surgimento das grandes grifes que ditaram moda no século XX e como tudo começou na década de 1950: "A década de 1950 pode ser considerada a última era dos costureiros ditadores, que transformaram o modo de vestir de toda uma sociedade. Liderada por Christian Dior, a década teve outros nomes bem influentes e criativos: Balenciaga e Givenchy trouxeram com suas criações glamour e elegância para a moda da época".
1900- No início do século passado, as mulheres começaram a ter uma participação mais ativa na vida diária das famílias. Ainda que muitas das compras fossem entregues e pagas à domicílio, começam a surgir grandes bolsas de couro, conhecidas como bolsas de compra.
- Década de 20: A bolsa dominante desse período foi a de estilo carteira. Levada sob os braços, foi muito usada tanto para o dia como para a noite. Sua superfície plana permitia a aplicação de bordados apliques ou estampas, refletindo as tendências dominantes da época. Essa bolsa da Chanel feita em algodão data da década de 20

- Década de 30 - Com a crise financeira (1929), os fabricantes de bolsa passaram a usar materiais mais baratos como o plástico Bakelite, que dava o efeito rígido e cintilante. As bolsas eram pequenas e arrematadas por fechos de metal, algumas fabricadas com o mesmo tecido dos vestidos.
- Década de 40 - Por causa da escassez da matéria prima, o artesanato se desenvolveu. As bolsas de couro eram raras, muitas foram confeccionadas em tecido.
- Década de 50 - As bolsas estilo Box (caixa), tornaram-se populares no final dos anos 40 e início dos anos 50. Nesta década elas foram revestidas com couro de animais exóticos como crocodilo, cobra, lagartos, entre outros.

- Década de 60 - O movimento Hippie significou a retomada de técnicas artesanais, como o tricô, o crochê e o patchwork. O bambu e o acrílico forma muito usados para a estrutura das bolsas. Os movimentos artísticos como o Op-Art (optical arte) e o Pop-Art (arte que usava objetos de consumo como tema), com o seu vocabulário formal geométrico, bem como o vocabulário formal de outras tendências artísticas, foram também adotadas pela moda.
- Década de 70 - Usou-se de tudo, e os estilos variavam de estação para estação. Houve um grande revival na moda, buscando inspiração no passado, contudo com uma cara nova. Uma destas correntes foi o New Romantic, tendência que privilegiava as estampas florais, acabamentos em renda, chapéus de palha e uma série de acessórios com ares românticos da década de 1930.
- Década de 80- Pela primeira vez, coexistiram várias tribos, como os punks, new waves, rappers, skinheads, góticos, heavy metal, todos estes exercendo influência na criação de roupas e acessórios. A bolsa estilo sacola, já usadas na década passada, vinha de encontro as necessidades das mulheres que trabalhavam fora e que procuravam praticidade para carregar inúmeros objetos para o dia-a-dia como agenda, calculadora, maquiagem, entre outros.

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