"O tipo de roupa que faço, a maioria pret-a-porter, tem muito a ver com o corpo da mulher brasileira, que é curvilínea por natureza. Minha vida toda, procurei algo que fosse adequado para o meu próprio corpo, que alarga um pouco nos quadris. Procurei, por isso, fazer um estilo de roupa que fosse sensual, feminino, confortável, de boa qualidade e com muitos detalhes únicos”, conta a estilista brasileira, que vive nos Estados Unidos.
Ela completa: “Realmente eu não tinha feito muitos vestidos longos antes, mas com o meu casamento na agenda, resolvi criar algo de que eu realmente gostasse e que fosse versátil para a igreja e também para a festa. Adorei o sucesso que fez entre os convidados, e me entusiasmei mais para fazer vestidos desse estilo, culminando com o do concurso do Oscar”.
A estilista Fernanda Carneiro, na foto à esquerda, caminha na passarela ao lado de modelo que veste peça desenhada exclusivamente pela brasileira (radicada nos EUA) para ser usada na cerimônia de entrega do Oscar (Foto: Matt Sayles/AP)
O vestido criado pela brasileira é um longo preto e pode ser usado na cerimônia de premiação do Oscar por uma das modelos que fazem a entrega das estatuetas na festa. “Pensei em um vestido que fosse elegante e bonito, sem tentar ofuscar as celebridades que vão receber os prêmios. Portanto, minha inspiração se voltou para algo que fosse elegante, romântico e com um toque de sensualidade. Me inspirei no glamour da Hollywood antiga.”
Com a cara e a coragem: Nascida em Porto Alegre, Fernanda se mudou com a família para Los Angeles aos 5 anos. Dois anos depois, todos foram para Miami, onde ela cresceu e cursou a faculdade. “Depois de frequentar a Universidade da Flórida, me mudei outra vez para Los Angeles, a fim de fazer escola de moda. Me reencontrei com meu marido, que tinha sido meu namorado em Miami, e nos casamos recentemente em Porto Alegre”, conta a estilista.
A vida profissional da brasileira teve início com empregos, segundo ela, em “duas grifes bastante conhecidas nos Estados Unidos”. “Aprendi muito, mas me sentia presa. Com o apoio do meu marido e de minha família, saí do meu emprego e, com a cara e a coragem, fui à luta. Os tropeços inicias foram grandes, e cometi alguns erros de cálculo. Mas, com um pouco de ‘jeitinho’, as coisas foram se acomodando e fui produzindo minhas coleções.”A estilista, que já teve seus vestidos usados por atrizes de TV como Julie Benz (de “Dexter”) e Kirsten Storms (“General hospital”), lembra que enfrentou dificuldades também com a crise econômica mundial, que afetou o mundo da moda. “Mas minhas coleções sempre foram muito elogiadas por vários aspectos: a qualidade do tecido, o acabamento primoroso, o caimento que faz minhas peças serem fáceis de usar, confortáveis e elegantes ao mesmo tempo.”
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