História da Moda no Brasil – Das Influências as Autorreferências- JOÃO BRAGA

No dia 7 de junho, na Casa das Caldeiras tem exibição do documentário e sessão de autógrafos do livro História da Moda no Brasil – Das Influências às Autorreferências. O livro é um projeto do historiador de moda João Braga e do jornalista e escritor Luís André do Prado. Com depoimentos de Regina Guerreiro, Gloria Kalil, Lino Villventura, Jum Nakao, Tufi Duek, Amir Slama, Ronaldo Fraga, o filme traz 126 entrevistas divididas em sete capítulos (Belle Époque, Anos Loucos, Era do Rádio, Anos Dourados, Tropicália & Glamour, Anos Azuis e Supermercado de Estilos).

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CAMILA GAIO5 de maio de 2011, 8H07
REPRODUÇÃO

História da Moda no Brasil – Das Influências as Autorreferências.No dia 30 de maio, a editoria Pyxis lança o livro História da Moda no Brasil – Das Influências às Autorreferências. A publicação, que tem apoio da revista ELLE, faz parte de um projeto do historiador de moda João Braga e do jornalista e escritor Luís André do Prado.

A dupla também coordenou um documentário sobre a identidade da moda brasileira com depoimentos de especialistas como a jornalista Regina Guerreiro, a consultora de moda Gloria Kalil, os estilistas Lino Villventura, Jum Nakao, Tufi Duek, Amir Slama, Ronaldo Fraga e o próprio João Braga. O vídeo será exibido no programa Faixa Cultura Documentários, da TV Cultura, nos dias 19 e 26 de maio, às 23h45.

O Brasil e a Moda
Com uma extensa pesquisa iconográfica sobre a moda brasileira, o novo livro de Braga é leitura fundamental para entender a identidade do país dentro do universo da moda. Realizado a partir de 126 entrevistas, a pesquisa se concentra no recorte entre o momento pós-República brasileira e a contemporaneidade, e se divide em sete capítulos: Belle Époque, Anos Loucos, Era do Rádio, Anos Dourados, Tropicália & Glamour, Anos Azuis e Supermercado de Estilos.

Subtemas que discorrem sobre personagens e eventos específicos de cada período também aparecem na publicação, junto com pequenos textos que contextualizam a narrativa, abordando assuntos paralelos como tecnologia, política, comportamento, comércio e indústria.

trechos do livro:

. Tínhamos uma indústria embrionária, atrasada em relação ao mercado de moda da Europa, onde já existia a figura do “profissional de moda”, o couturier (costureiro), personagem que no Brasil só surgiria em meados do século XX. Sem criação local (exceto as advindas das tradições populares), tivemos durante décadas produção e consumo de vestes como decorrência do já usado na Europa e, posteriormente à Segunda Guerra Mundial, também dos Estados Unidos.

. A indústria têxtil brasileira ia muito bem no pós-Guerra, mas tinha ainda uma árdua batalha por vencer mesmo aqui dentro, no Brasil: o preconceito do público consumidor com os têxteis nacionais. Com mentalidade típica de cidadãos de uma ex-colônia, o brasileiro médio (imitando as classes mais altas) habituara-se a considerar a qualidade de um produto pela procedência europeia (hábito, aliás, ainda em vigor para muitos).

. Foi a partir da década de 1990 que as primeiras gerações de estilistas e profissionais de moda graduados nas escolas pioneiras do país chegaram ao mercado. Criar moda deixava de ser, finalmente, resultado da oportunidade fortuita ou da vocação ou talento nato de alguns poucos, para se tornar área de formação profissionalizada, com metodologias e técnicas próprias.