terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Desfile Maria Bonita Inverno 2010 -



O desfile foi poético e enigmático como a arquiteta Lina, uma vida instigante e rica. Em Salvador, São Paulo(...), ela deixou rastros de sua criação: no espaço e no tempo. A trilha sonora bem pontuada e coerente com o conceito. O cenário no espaço aberto, nada mais sugestivo e poético. “A iluminação natural, com o sol da Lina iluminando o público de convidados, talvez, seria ainda mais audacioso o desfile, a inclusão de outras pessoas, já que todo o manifesto de vida da Lina, traduz numa democracia do “saber”, “ver” e participar”. A figurinista, JOANA PEDRASSOLI SALLES escreveu sua dissertação: AS ROUPAS DE LINA, no trecho a pesquisadora revela,

“No que diz respeito à identidade profissional, Lina era arquiteta de formação, mas sua obra extrapolou em muito os limites da arquitetura para atingir outros domínios disciplinares, tal como o das artes, especialmente o teatro, da filosofia, da antropologia e da literatura. Uma obra que, segundo Olívia de Oliveira, estabeleceu “diálogo sobretudo com as artes, e em especial com determinadas correntes surgidas no país entre as décadas de 1950 e 1960, com artistas como Lygia Clark, Hélio Oiticica, Glauber Rocha, José Celso Martinez e Flávio Império”2. Uma personagem multifacetada que se dedicou com desenvoltura a várias atividades. Entre outras, foi uma arquiteta de prestígio, figurinista e cenógrafa de teatro e cinema, docente, design de móveis e jóias, jornalista, paisagista e artista plástica. Oliveira sintetiza muito bem a atuação de Lina no cenário cultural quando afirma que a “liberdade em confrontar-se a diferentes situações e em assumir diferentes identidades é a própria conquista da condição do interminável”.3 Será que a presença de suas roupas no teatro não tem a ver com esta condição do interminável? Não serão elas mesmas fragmentos desta liberdade expandida?”
Disponível: http://biblioteca.sp.senac.br/LINKS/acervo288641/Joana%20Pedrassoli%20Salles.pdf

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