A casa e seus objetos. Vestimos a casa, a casa se veste da roupa e dos acessórios. Roupa- corpo-casa. Dramático, o estilista/ criador traduz com propriedade, as nuances enigmáticas de um bom espetáculo do desfile de moda: provocar e apaixonar. As imagens do desfile continuam como ressonâncias dentro da nossa memória, como um sonho.
A moda além da apresentação de meros produtos vendáveis, assim no desfile de Samuel, vende-se sonhos, desejos. Um convite a imaginação. O desfile é espetáculo com narratividade, clímax (entrada da fusão da mesa/roupa), as sensações são provocadas – dá uma vontade de tocar para sentir/ tocar para dormir e sonhar.
Um desfile com reiteração: desde a escolha dos elementos da cenografia, iluminação, adereços até a edição dos looks. As roupas um estudo a parte, alfaiataria, mescla de fluido e tecidos mais pesados. Volumes e uma silhueta mais seca, detalhes nos bordados, aviamentos. As “danças sensoriais” nos olhos parece teatro, parece cinema, parece figurino, parece uma instalação, mas é moda. Um mix de John Galliano, Gareth Pugh e Viktor &Rolf (coleção 2005-2006). Além abajures e “mulheres” do escultor Alberto Vieira, será??? Dalí, Elsa Schiparelli, Christophe Coppens.
O estilista, Samuel se posicionando como um criador, criativo e sensível na moda brasileira. E, somos brindados com sua loucura.


A inspiração para Samuel foram as criações do designer Thomas Chippendale, o estilista traz o mobiliário inglês do século XVII.

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